Depois de meses de rumores, especulações e sigilo, a Apple vai submeter, no sábado (3), a prancheta eletrônica iPad ao teste que realmente importa: o do consumidor.
A expectativa é de disparada inicial nas vendas do iPad assim que o produto chegar às lojas dos Estados Unidos. Com a ajuda de dezenas de fãs da Apple, filas devem se formar nas lojas do país antes das 9h, numa corrida para ver quem é o primeiro a brincar com o novo aparelho, cujo modelo mais barato custa US$ 499 (R$ 900). Ainda não há data para lançamento no Brasil.
Apesar das pessoas que encomendaram o iPad com antecedência estejam autorizados a retirá-los a partir de 3 de abril, aqueles que fizeram seus pedidos recentemente foram informados de que os aparelhos não serão entregues antes de 12 de abril.
A Apple está oferecendo o iPad como um novo aparelho de mídia que combina a mobilidade e simplicidade de um celular inteligente à velocidade e tamanho de tela de um laptop. O produto parece um iPhone de maior porte, com tela sensível ao toque de 9,7 polegadas, e pode operar com a maioria dos mais de 100 mil aplicativos que tornaram o iPhone tão popular.
Especialistas em tecnologia elogiaram a tela elegante do iPad e seu rápido programa de navegação pela internet, mas também criticam a falta de câmera e a incapacidade do produto de executar mais de um aplicativo por vez e de não ser compatível com sites que usam o programa Flash, da Adobe, que é requerido para visualização de sites populares de vídeo.
As avaliações iniciais foram baseadas em testes rápidos depois que o executivo-chefe da Apple, Steve Jobs, revelou o aparelho, em janeiro. Colunistas influentes de tecnologia, como Walt Mossberg, do Wall Street Journal, e David Pogue, do New York Times, ainda não fizeram avaliações aprofundadas do aparelho, algo que pode influenciar o desempenho das vendas entre o público menos familiarizado com tecnologia nos Estados Unidos.
Se for bem sucedido, o iPad poderá definir um padrão para a onda de tablets que serão lançados neste ano, produzidos por empresas rivais que incluem Hewlett-Packard e Dell. As apostas no produto são altas, já que os lançamentos da Apple costumam ir bem em vendas logo após a chegada ao mercado.
As vendas do iPhone superaram a marca das 1 milhão de unidades apenas 74 dias depois que o celular foi lançado em 2007 – o produto vendeu mais de 2 milhões de unidades no quarto trimestre do mesmo ano, após um grande corte de preços. E a Apple vendeu mais de 40 milhões de iPhones em menos de três anos.
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