Foi lançado nesta quinta-feira (22) um novo estudo que vai analisar a relação entre o uso do celular e problemas de saúde como câncer e doenças neurológicas. A pesquisa deve durar décadas. Organizadores disseram que o estudo Cohort sobre Comunicações Celulares (Cosmos, sigla em inglês) será o maior já realizado sobre o assunto, examinando mais de 250 mil pessoas entre 18 e 69 anos de idade no Reino Unido, Finlândia, Holanda, Suécia e Dinamarca.
O professor Paulo Elliott, principal cientista na Imperial College de Londres para a parte britânica do estudo, disse que dados de pesquisas anteriores sobre o assunto são tranquilizadores. Mas ele apontou que essas informações frequentemente se limitam a um período de dez anos. Como muitas formas de câncer demoram mais tempo para se desenvolver e os aparelhos celulares ainda são recentes, Elliott afirma que há a necessidade de um estudo de longo prazo.
O Cosmos observará os efeitos durante um período de tempo maior, de dez, 20 ou 30 anos. O monitoramento no longo prazo permitirá que os cientistas detectem tipos de câncer que demoram mais tempo para se desenvolver.
Até agora, entidades como a OMS (Organização Mundial da Saúde), a Sociedade Americana do Câncer e o Instituto Nacional de Saúde concluíram que provas científicas não demonstram efeitos prejudiciais à saúde relacionados ao uso de aparelhos celulares.
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