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Supervulcão: como a humanidade sobreviveu

Um ruído estrondoso mostrava que havia algo de errado. Algumas horas depois, as cinzas chegaram, caindo como uma tempestade de neve – que, diga-se de passagem, durou duas semanas. Apesar de estarem a mais de dois mil quilômetros de distância da erupção

Da Redação

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 O Toba é um “supervulcão” localizado em Sumatra
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O Toba é um “supervulcão” localizado em Sumatra
Escrito por Da Redação
Publicado em 20.04.2010, 07:52:00 Editado em 27.04.2020, 21:02:43
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Um ruído estrondoso mostrava que havia algo de errado. Algumas horas depois, as cinzas chegaram, caindo como uma tempestade de neve – que, diga-se de passagem, durou duas semanas. Apesar de estarem a mais de dois mil quilômetros de distância da erupção, Indianos sentiram toda a fúria do vulcão Toba.

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O Toba é um “supervulcão” localizado em Sumatra, na Indonésia. Ele já entrou em erupção várias vezes mas houve uma vez em que a erupção foi excepcional – cerca de 74 mil anos atrás. A explosão liberou algo como 2500 metros cúbicos de magma. Foi 7 mil vezes mais forte que a explosão do Santa Helena, nos EUA, em 1980 e bateu o recorde de maior erupção vulcânica em 2 milhões de anos.

Mas se tudo isso aconteceu há 74 mil anos por que entrar no assunto agora? É que o desastre aconteceu em um momento crucial da pré-história, quando Neandertais andavam para cima e para baixo da Ásia e da África. O mistério é que os cientistas não sabem ao certo como essa explosão poderia ter afetado nossos ancestrais.

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Agora descobertas arqueológicas incríveis na região da Índia estão esclarecendo como a erupção do Toba acabou moldando a migração e até a evolução de seus “avôs”. Especula-se que alguns resultados possam até mudar o que os arqueólogos pensavam ser a rota que os humanos usaram para sair da África.

As novas descobertas mostram que a explosão foi diferente do que os especialistas achavam. Os modelos sugeriam que a terra teria sido resfriada em até 10 graus Celsius por causa de gases que “fecharam o céu”. Ainda pior, os vegetais não teriam acesso à luz e os gases acabariam com boa parte do vapor na atmosfera, fazendo com que o cenário fosse bem seco.

Isso tudo resultaria em um declínio da vida –tanto gramíneas quanto mamíferos que se alimentam delas estariam em extinção.
Então os humanos que sobreviveram precisaram se adaptar rapidamente às mudanças, sobrevivendo em grupo e viajando para lugares em melhores condições. O evento realmente modificou a evolução – a humanidade se espalhou para diferentes regiões e se dividiu nas raças que conhecemos hoje, com o tempo.

Mesmo assim, muitas evidências arqueológicas ainda precisam ser encontradas para que a teoria seja comprovada. As escavações na Índia irão continuar e os arqueólogos continuam procurando evidências.

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