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" A Glória tocou numa ferida da sociedade", diz Dira Paes

  Consagrada no cinema e na televisão, a atriz Dira Paes, 44 anos, tem chamado a atenção do público nos últimos meses pelo drama de sua personagem, Lucimar, em Salve Jorge, novela exibida no horário nobre pela Rede Globo. Na última semana, a paraense

Da Redação

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 Atriz esteve presente na Feira de Móveis do Estado do Paraná (Movelpar) em Arapongas
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Atriz esteve presente na Feira de Móveis do Estado do Paraná (Movelpar) em Arapongas
Escrito por Da Redação
Publicado em 18.03.2013, 08:15:00 Editado em 27.04.2020, 20:32:46
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Consagrada no cinema e na televisão, a atriz Dira Paes, 44 anos, tem chamado a atenção do público nos últimos meses pelo drama de sua personagem, Lucimar, em Salve Jorge, novela exibida no horário nobre pela Rede Globo. Na última semana, a paraense esteve presente na Feira de Móveis do Estado do Paraná (Movelpar) em Arapongas. Ela visitou um estande do qual é a garota-propaganda e conversou com a imprensa sobre a feira e a repercussão da trama de Glória Perez.

Dira não revelou os rumos do folhetim, mas acredita que, desta vez, a Glória Perez tocou em uma ferida não só da sociedade brasileira, mas da sociedade internacional. “A partir do momento em que se têm receptores de mulheres fora do Brasil, é internacional. Por isso, acredito que ela foi mais que ousada: foi contra uma grande ferida da sociedade”, avalia.

A atriz entende que a novela tem que partir do entretenimento. “Entretanto, quando falamos entretenimento não significa ter comédia. Entretenimento quer dizer, justamente, inventar uma realidade para que outras pessoas e que elas achem que aquilo poderia ser possível, que as divirtam, as emocionem”, diz.

Ela pontua que a abordagem de um problema social tem que ser muito verdadeiro para quem escreve. “Tem que ter muito do que o autor ou autora quer falar. Acho que é interessante ter o comprometimento social, mas não necessariamente tem que estar presente em toda obra teledramática”, pondera.

Da personagem Lucimar, a atriz diz que tem o otimismo e a garra. “Ela arregaça as mangas, vai atrás do que acredita, se supera no dia a dia, chora, ri, briga e grita. Nesse momento, ela me emociona muito, porque as pessoas ficam muito isoladas dentro dos seus direitos e, muitas vezes, o cidadão brasileiro não tem noção dos seus direitos”, observa.
E a personagem, segundo ela, não se deixou vencer por esta falsa verdade. “Ela está usando a única coisa que tem a favor dela, a voz. Fico muito feliz em representar essas mulheres que dialogam com a vida falando, procurando saber mais, indo atrás da verdade”, revela.

DIREITOS HUMANOS - Apresentada a dramas reais por seus personagens, ela empresta a sua voz, como no caso da personagem Lucimar, para gritar pelos direitos humanos de tantas outras “Lucimares” espalhadas pelo Brasil. Há anos, ela integra o projeto Movimentos Humanos Direitos (WWW.humanosdireitos.org.br), que é uma organização formada por artistas, intelectuais, juízes, professores e pessoas ligadas aos direitos humanos, cartunistas, entre outros. “São pessoas que têm alguma representatividade na mídia e emprestam a sua visibilidade para divulgar causas relacionadas aos direitos humanos”, explica.

A atriz, nascida em Abaetetuba, interior do Pará, confessa que tem amigos em seu Estado ligados aos direitos humanos que são ameaçados de morte. “A gente sempre está presente para mostrar para quem sofre que estamos juntos, defendendo a mesma luta. Neste sentido, é uma maneira nobre de dividir a popularidade do nome”, acredita.

FESTIVAL DE CINEMA - Apaixonada pela sétima arte, Dira Paes é idealizadora e diretora-executiva do Festival de Belém do Cinema Brasileiro. A atriz revela que na virada para 2000 havia filmado muito. “Acho que foi uma série de sete longas, um atrás do outro, e quando eu voltei para Belém, ninguém sabia o que eu tinha feito”, recorda.

Ao perceber que sua arte não chegava até a sua terra natal, ela fez um levantamento para descobrir quantos festivais de cinema existiam no Pará. Para a sua surpresa foi constato nenhum. “A partir deste momento, em 2004, eu em parceria com outras pessoas, criamos o festival e a ideia se popularizou por outros estados”, diz. Entretanto, o projeto não parou por aí. Ela e a equipe criaram um circuito itinerante do festival, que leva as produções para as ilhas ribeirinhas e para o interior do Pará.

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