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Saudades...

Vencido pela profunda angústia da minha mágoa, despertei quando o jovem rosto da manhã adornado de luz e o mar de nuvens viageiras me convidaram para o banquete do dia. Levantei e percebi que não fora um pesadelo. A presença da sua ausência era ma

Da Redação

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Saudades...
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Escrito por Da Redação
Publicado em 29.10.2012, 15:33:00 Editado em 27.04.2020, 20:38:28
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Vencido pela profunda angústia da minha mágoa, despertei quando o jovem rosto da manhã adornado de luz e o mar de nuvens viageiras me convidaram para o banquete do dia.

Levantei e percebi que não fora um pesadelo. A presença da sua ausência era mais pura e triste realidade. Não sei dizer ao certo se é a presença da ausência ou a ausência da sua presença, ou talvez, simplesmente saudades...

Lá fora tudo respirava perfume e os braços do vento carregando o pólen da vida, cantava nos ramos do arvoredo delicada canção. Saí correndo, tentando fugir da furna escura dos meus padecimentos.

A presença invisível do bem-amado fazia-me arder em febre de ansiedade, enquanto os pés ligeiros das horas corriam à frente, impondo-me fadiga e desconforto.

Embriagado pela saudade meu ser ansiava pela paz.

Em vão tentei exaurir as forças para livrar-me da dor, mas não consegui libertar-me do punhal da melancolia cravado no coração, e da lembrança da sua ausência.

Quando, enfim, a tarde se escondeu ao longe das montanhas altaneiras, outra vez tombei em mim mesmo, extenuado e só.
Naquele momento, desejei que o Todo Poderoso me dominasse com os fortes recursos da Soberana Misericórdia, livrando-me de mim mesmo.

Parecia que não mais suportaria o espinho da saudade cravado em meu peito, já dorido e exausto. A ausência da sua presença queimava as fibras mais sutis da minha alma.

E a presença da sua ausência me feria o coração dilacerado e só.

A noite devorou o dia, e, ao escancarar a sua boca negra, mostrou a primeira estrela engastada no manto escuro, vencendo as sombras.

Minutos depois, miríades de astros brilhantes compuseram o diadema da vitória total da luz.

Só então, solitário e meditativo, compreendi como minha canção de dor chegara aos ouvidos do Criador, que me respondeu em vibrações fulgurantes de esperança a distância.

Só então compreendi que não há escuridão que resista a um simples raio de luz, e decidi acender a chama da esperança em minha alma.

E, só então, pude ouvir o sublime Cancioneiro do silencio e Suas melodias repletas de sons e paz, convidando-me a confiar em Seu infinito poder e a entregar-me aos braços suaves da esperança.

“Se o manto escuro da saudade pesa sobre os seus ombros, ilumine-o com as pérolas da oração sincera em favor do bem-amado que partiu.”

O texto acima, do CD Momento Espirita-baseado no cap. III. do livro Estesia, ditado pelo Espirito Rabindrabath Tagore, através do médium Divaldo Pereira Franco.

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