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Cena de estupro de uma mãe pelo filho em filme coreano choca Veneza

VENEZA, ITÁLIA, 4 de setembro (Folhapress) - Apesar das vaias recebidas por "To The Wonder", de Terrence Malick, e "At Any Price", estrelado por Zac Efron, o Festival de Veneza ainda não tinha revelado nenhum filme extremo em termos de polêmica. A

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 04.09.2012, 10:33:00 Editado em 27.04.2020, 20:40:54
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VENEZA, ITÁLIA, 4 de setembro (Folhapress) - Apesar das vaias recebidas por "To The Wonder", de Terrence Malick, e "At Any Price", estrelado por Zac Efron, o Festival de Veneza ainda não tinha revelado nenhum filme extremo em termos de polêmica.

A espera terminou na noite de ontem com a exibição do violentíssimo "Pietà", 18º filme de Kim Ki-Duk ("Primavera, Verão, Outono, Inverno... E Primavera"). A trama do sul coreano segue um cobrador de dívidas frio e metódico (Mi-Sun), que, no caso de calote, precisa incapacitar os devedores para coletar o seguro. "Tentei discutir os perigos do capitalismo extremo e como ele pode afetar as relações humanas", explica o diretor.

A jornada do cobrador inicia de maneira extremamente violenta. Pernas são quebradas, intestinos arrancados e mãos são amputadas em sequências propositalmente chocantes. Até que aparece uma mulher (Cho Min-Soo) -em uma cena que remete ao início de "Cidade de Deus")- clamando ser a mãe do cobrador, que o teria abandonado ainda bebê.

Incrédulo, o mensageiro do agiota coloca a mulher à prova em diversos testes de masoquismo que culmina na cena mais chocante que o Festival de Veneza presenciou até agora. Querendo uma confissão da mulher, o filho a estupra com a condição de parar apenas se ela admitir não ser sua mãe. Neste momento, várias pessoas levantaram e saíram da sessão para a imprensa e indústria cinematográfica.

Quem ficou, no entanto, testemunhou o grande filme do festival ao lado de "The Master". Kim Ki-Duk pode começar cruel, mas vai amolecendo junto de seu protagonista, que começa a gostar dos mimos da mãe. Ele ainda encontra espaço para criticar a falta de humanidade nas transações financeiras, um tema recorrente no cinema de 2012, e arranca de Cho Min-Soo uma das grandes interpretações da mostra competitiva.

No final, o filme foi aplaudido por vários minutos. No dia seguinte, o cineasta sul-coreano foi aplaudido de pé pelos jornalistas presentes na coletiva de imprensa e explicou o nome do filme, inspirado na obra de Michelângelo. "O abraço de Maria em Jesus representa o consolo pela dor de todos os seres humanos. E fiz esse filme dedicado à humanidade", resume o cineasta.

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