Duas tentações no mesmo produto: telefone e computador. Quem tem um smartphone como iPhone e BlackBarry sabe como é complicado resistir aos variados aplicativos e funções, como Facebook, Twitter, Instagram
(aplicativo de fotos do iPhone) e outros. Com o passar do tempo, porém, os brasileiros repetem o que já acontece em países desenvolvidos: trocam o convívio real com pessoas pelo contato virtual em celulares, com os quais podem ler e-mails, entrar em sites, mandar torpedos e por aí vai. Esses usuários já começam a ser chamados de
“Geração CrackBerry”, numa alusão à droga crack e ao Blackberry, smartphone mais vendido no mundo.
A acadêmica de Medicina Veterinária Ellen Enz, 18 anos, de Apucarana, sabe bem o que é isso. Ela mal acorda e já confere o que há de novo nas redes sociais. Caso esteja aguardando uma ligação ou mensagem, o
iPhone 4G a acompanha até no banheiro. “Ultimamente visito mais o Facebook e Instagram. O MSN uso mais quando estou no computador”, conta.
A jovem explica que fica nervosa quando acaba a bateria e, por isso, costuma levar o carregador para onde vai. Para não extrapolar na conta, Ellen procura fechar pacotes com a operadora de telefonia. “Antes de ter o smartphone eu nem ligava para celular, mas agora não consigo abrir mão. Tudo que preciso, em termos de tecnologia, está
nele. É impossível ficar sem”, acredita.
Mil e uma utilidades
A consultora de beleza Melissa Sessak Ribeiro Ceranto, 33 anos, de Apucarana, admite passar 24 horas por dia ligada ao Blackberry que ganhou há pouco mais de um ano do esposo, o advogado Marco Aurélio Ceranto.
“Demorei um pouco para começar a usar, mas viciei rapidamente. Hoje não consigo ficar sem dar uma espiada no Facebook e nos emails”, conta Melissa, que utiliza o smartphone no trabalho, como despertador, para ler a Bíblia e também registrar imagens do filho Júlio.
TORPEDOS
Os estudantes e amigos Douglas Henrique de Almeida, 17 anos; Bruna Rocha, 13; Giovanna Neves, 15; e Yasmin Soares, 16, também não desgrudam dos seus smartphones o dia todo. “Meu pai coloca R$ 12 de crédito por semana em meu celular. Ficou nervosa só de imaginar que não posso mandar mensagens”, conta Giovanna.
No mês passado, Bruna enviou 1.263 torpedos de seu smartphone. “Meus pais queriam me proibir de usar o aparelho, mas a tentativa não deu certo”, diverte-se ela. Se você achou muito, saiba que o número é “fichinha” perto da marca atingida pela amiga Giovanna no mesmo período: 10 mil mensagens.
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