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Hollywood descobre comédias "sujas" para mulheres

Abram alas que elas vêm aí. Depois de anos como território exclusicamente masculino, as comédias politicamente incorretas estão sendo conquistadas pelas mulheres - tanto na preferência do público quanto nas bilheterias. "Quero Matar Meu Chefe", "Prof

Da Redação

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 Hollywood descobre comédias
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Hollywood descobre comédias
Escrito por Da Redação
Publicado em 24.09.2011, 17:01:00 Editado em 27.04.2020, 20:44:51
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Abram alas que elas vêm aí. Depois de anos como território exclusicamente masculino, as comédias politicamente incorretas estão sendo conquistadas pelas mulheres - tanto na preferência do público quanto nas bilheterias.

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"Quero Matar Meu Chefe", "Professora Sem Classe" e, o melhor e mais recente deles, "Missão Madrinha de Casamento", se deram bem no mercado norte-americano e mostraram atrizes – pense em Jennifer Aniston e Cameron Diaz – saindo de sua zona de conforto para fazer o que normalmente não poderiam: usar drogas, falar palavrões e dizer a verdade sobre sexo, sem a postura indefesa ou idealizada que se vê por aí. Comparada ao que fazem as personagens desses filmes, a Carrie Broadshaw de "Sex and the City" é uma adolescente bobinha.

anta liberdade em Hollywood é reflexo do mercado para adultos. "Se Beber, Não Case" (2009) foi o filme com classificação indicativa "R", que nos Estados Unidos só podem ser assistidos por maiores de 18 anos ou menores acompanhados, com maior arrecadação desde "Um Tira da Pesada" (84): US$ 277 milhões só em território norte-americano, superior até à sequência lançada há poucos meses. Os estúdios perceberam que não precisavam mais se preocupar apenas com histórias bobinhas para adolescentes sacanas – havia público suficiente para lotar as salas de um filme com censura alta.

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"A classificação indicativa 'R' te dá uma enorme liberdade para ser tão louco quanto queira sempre que quiser, e nós estávamos com um grupo de pessoas que era totalmente a favor disso", comenta Jake Kasdan, diretor de "Professora Sem Classe", no material de divulgação.

Essa "loucura" era justamente o que fazia falta nas telonas, coisa que séries como "The Office" (pelo qual os diretores dos três filmes passaram), "Family Guy" e o programa "Saturday Night Live" adotavam como regra há anos. O produtor e cineasta Judd Apatow foi um dos primeiros a encabeçar esse espírito, com comédias como "O Virgem de 40 Anos", "Superbad - É Hoje", "Ligeiramente Grávidos" e "Segurando as Pontas".

Mas o público não encontrava mulheres nesses papéis cômicos principais, assim como a própria indústria. "Não nos parecia haver muitos personagens assim para mulheres", conta Lee Eisenberg, um dos roteiristas de "Professora Sem Classe" e da série "The Office". "Víamos tantas mulheres engraçadas em 'Saturday Night Live' e nos talk shows, todas hilárias e encantadoras, mas, no cinema, elas serviam apenas como elemento decorativo ou para fazer com que dois homens se tornassem amigos ou algo assim."

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A prova do sucesso foi a recepção calorosa das plateias: com orçamentos modestos para o padrão hollywoodiano, "Missão Madrinha", "Professora" e "Quero Matar Meu Chefe" ultrapassaram a barreira dos US$ 100 milhões nos EUA e viram seus dividendos crescerem ainda mais no mercado internacional, sempre auxiliados pelo público na casa dos 30 anos.

"Missão Madrinha de Casamento" é o exemplo cabal. Não só tem atrizes de "SNL" na linha frente – Kristen Wiig e Maya Rudolph –, como foi escrito por mulheres, justamente Wiig e Annie Mumolo, que se conheceram num clube de stand-up em Los Angeles, e produzido por Apatow. Isso possibilitou que a história não só forçasse a barra do politicamente correto, mas fizesse isso por um viés feminino. Os dois mundos, finalmente unidos.

"Eu tinha uma história sobre como havia sido madrinha algumas vezes, e de como estava cansada disso", afirma Mumolo. “Queríamos contar a história de como foram as nossas experiências – a versão nua e crua das madrinhas, em que nem todos os penteados são perfeitos e nem todas elas são lindas e têm histórias bonitinhas.”

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"É empolgante levar o estilo de humor de Judd [Apatow] a um filme sobre mulheres e ainda mantê-lo honesto e real", continua Paul Feig, o diretor do filme. "Exploramos temas com que elas podem se identificar ao mesmo tempo em que os homens também acharão hilários. O que queríamos captar eram mulheres conversando como se estivessem nos bastidores, quando os caras não estão por perto."

Tirando um exagero ou outro inerente ao estilo, é justamente isso que os filmes dessa temporada oferecem, o mergulho num mundo cor de rosa com tonalidades que nem todo mundo conhece, tirando muita graça disso. Hollywood e o público estão cientes de que isso dá certo. Que venahm os próximos.

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