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Vice do BCE diz que instituição subirá juro até garantir estabilidade de preços

O vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE), Luis de Guindos, afirmou que a instituição continuará a subir juros "até garantir que a inflação esteja em linha com nossa definição de estabilidade de preços". Segundo ele, isso dependerá dos indicadores,

Gabriel Bueno da Costa (via Agência Estado)

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Escrito por Gabriel Bueno da Costa (via Agência Estado)
Publicado em 08.11.2022, 08:15:00 Editado em 08.11.2022, 08:19:35
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O vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE), Luis de Guindos, afirmou que a instituição continuará a subir juros "até garantir que a inflação esteja em linha com nossa definição de estabilidade de preços". Segundo ele, isso dependerá dos indicadores, da evolução da inflação, das condições econômicas, da demanda e dos preços de energia. As declarações foram feitas durante entrevista concedida no dia 3 ao site Politico, que teve sua íntegra publicada nesta terça-feira, 8, no site do BCE.

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Guindos defendeu a estratégia de reagir aos indicadores, diante de momento de "incerteza muito elevada como o atual". Na próxima reunião, a decisão será baseada nas projeções atualizadas de dezembro e na estimativa preliminar da inflação em novembro na zona do euro, entre outros indicadores, comentou. O dirigente acredita que a inflação ao consumidor deve ficar oscilando no nível atual, de 10,7%, nos próximos meses na zona do euro. "Ela começará a cair no primeiro semestre do próximo ano, mas, na média, o índice cheio e o núcleo da inflação seguirão muito elevados."

O vice do BCE foi questionado sobre o risco de recessão. Ele lembrou que nas projeções de setembro uma recessão era projetada apenas no cenário de baixa, não no cenário-base. Desde então, porém, "os dados que temos recebido não têm sido bons em termos de crescimento".

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Guindos vê uma "alta probabilidade" de recuo no Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro no quarto trimestre de 2022. O recuo no PIB, na comparação trimestral, deve continuar no primeiro trimestre de 2023, o que configuraria recessão técnica. "Mas eu não acho que será muito profunda", avaliou. A desaceleração e a "possível recessão técnica" são movidas por vários fatores, como os preços de energia, a incerteza com a guerra na Ucrânia, além do efeito negativo da inflação sobre o investimento e o consumo das famílias, por meio da redução na renda real, recordou. Guindos disse que a melhora na perspectiva do crescimento passa pelo combate à inflação, no quadro atual.

Ele foi ainda questionado sobre a política fiscal na região. E lembrou relatório do Conselho Fiscal Europeu, segundo o qual a maioria das medidas fiscais adotadas por governos da região "não eram direcionadas o suficiente".

Guindos também considerou que a estabilidade financeira "tem deteriorado bastante nos últimos seis meses, por causa da perspectiva de menor crescimento e alta inflação e do aperto das condições financeiras". A situação dos bancos, de qualquer modo, é "muito mais positiva que era dez anos atrás", comparou.

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