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'Viagem aérea pode virar luxo se não atacarmos custos', diz CEO da Azul

Enquanto a deterioração do cenário econômico sinaliza que o brasileiro terá cada vez mais dificuldades pela frente, os preços das passagens seguem aumentando. Segundo o CEO da Azul, John Rodgerson, as tarifas vão continuar subindo em meio à escalada do pe

Juliana Estigarribia (via Agência Estado)

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Escrito por Juliana Estigarribia (via Agência Estado)
Publicado em 14.07.2022, 07:01:00 Editado em 14.07.2022, 07:08:01
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Enquanto a deterioração do cenário econômico sinaliza que o brasileiro terá cada vez mais dificuldades pela frente, os preços das passagens seguem aumentando. Segundo o CEO da Azul, John Rodgerson, as tarifas vão continuar subindo em meio à escalada do petróleo. Em sua visão, os elevados custos estruturais do Brasil precisam ser resolvidos para que as viagens aéreas não fiquem ainda mais restritas no País.

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Segundo levantamento da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), o preço do querosene de aviação acumula alta de 71% até 1º de julho. No consolidado de 2021, o aumento acumulado foi de 92%. "Se o combustível está subindo e o dólar valorizando, a passagem vai ter de subir para a receita cobrir os custos. Mas não acredito que essa situação vai continuar assim, não vejo a guerra (na Ucrânia) durando para sempre", disse Rodgerson, que ainda citou custos locais, como o ICMS sobre os combustíveis e o PIS/Cofins. O executivo destaca também que as companhias estão elevando os preços para "sobreviver". "Ficamos praticamente oito meses sem receita por causa da pandemia."

Atualmente, a ocupação média das aeronaves da Azul é de 80%, diz Rodgerson. "Temos 30% mais oferta de voos do que no pré-pandemia e mesmo assim as tarifas estão mais caras. Imagine se não tivéssemos colocado mais voos no mercado, os preços seriam absurdos." O preço médio da passagem doméstica está em tendência de alta e já acumula avanço de 21% nos quatro primeiros meses deste ano, em relação ao patamar de 2019, segundo dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

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Para ele, o Brasil precisa se alinhar às práticas internacionais do setor, como no caso da discussão sobre cobrança de franquia de bagagem. "Quando a franquia é obrigatória, isso demanda um enorme contingente de funcionários, gerando custos adicionais, o que vai acabar encarecendo as tarifas", esclarece.

Em ano de eleições - que tornam o mercado ainda mais volátil -, o executivo afirma que a companhia continuará investindo para se manter competitiva. "Não controlo o que acontece em Brasília. O que podemos controlar está dentro da empresa, investimos em novas tecnologias e renovação da frota, que será muito mais econômica. Temos de ser mais eficientes, todo mundo está focado nisso."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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