Em maio, as vendas de cimento registraram uma alta de 1,0%, totalizando 5,6 milhões de toneladas comercializadas em termos nominais, o que indica uma leve recuperação na comparação com o mesmo mês do ano passado. Por outro lado, no acumulado de 2023, entre janeiro até maio, o mesmo indicador registra queda de 2,5%, de acordo com os dados do Sindicato Nacional da Indústria de Cimento (SNIC).
O alto endividamento e a inadimplência das famílias, a taxa de desemprego em patamares ainda elevados, aliada à lenta recuperação dos salários, agravados pelas incertezas econômicas, continuam a afetar o setor, disse o SNIC em nota à imprensa.
A venda de cimento por dia útil foi de 231,7 mil toneladas em maio, uma alta de 1,2% na comparação com o mesmo período do ano passado. Quando a comparação é feita com o resultado de abril, houve aumento de 3,8%.
O sindicato patronal afirmou que os principais indutores do consumo de cimento continuam desacelerando, em virtude da dificuldade no acesso ao crédito, em meio a taxas de juros elevadas, redução de financiamentos imobiliários e as indefinições com relação ao Minha Casa Minha Vida (MCMV).
Outra questão destacada pelo sindicato é a queda dos lançamentos imobiliários, que gera efetiva preocupação da indústria do cimento frente a demanda no curto e médio prazo. No primeiro trimestre deste ano, houve recuo de 30,2% no número de imóveis lançados em comparação com o mesmo período de 2022. No mesmo intervalo de tempo, a queda foi mais acentuada para o MCMV, com redução de 41,8%.
"A persistência da alta taxa básica de juros penaliza a cadeia da construção civil não apenas nas vendas, mas também na geração de emprego, renda e na retomada das obras para o desejável retorno do Brasil ao crescimento", afirmou Paulo Camillo Penna, presidente do SNIC.
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