A gasolina e o diesel S10 subiram em junho bem mais do que a inflação na comparação com o mesmo período do ano anterior, segundo levantamento inédito do ValeCard - empresa de meios de pagamentos especializada em soluções de mobilidade -, com base em transações feitas em mais de 25 mil postos de combustíveis credenciados em todo o País.
Em junho, os brasileiros pagaram 15,5% a mais pelo diesel S10 e 9,8% mais caro pela gasolina do que há um ano. No mesmo período, a inflação medida pelo IPCA subiu 4,3%, segundo divulgou nesta semana o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE),. O preço do etanol, por outro lado, praticamente empatou com a inflação, registrando alta de 4,03%.
Já na comparação semestral, os brasileiros pagaram 10,4% a mais pelo litro de etanol em junho do que há seis meses, e 4,10% a mais pela gasolina, enquanto a inflação no período foi de 2,49%. Já o diesel cedeu 0,37% no período.
Para o economista Benito Salomão, professor do Instituto de Economia e Relações Internacionais da Universidade Federal de Uberlândia, atualmente observa-se uma política de reoneração dos combustíveis que está impactando nos preços finais.
"Cabe salientar que, em 2021 e 2022, alguns impostos, inclusive os estaduais, foram zerados. Diversas unidades da federação, buscando equilibrar suas contas, retomaram a cobrança desses impostos", explicou.
Entre os Estados, os preços dos combustíveis também apresentaram grandes flutuações entre janeiro e junho deste ano. O principal destaque ficou para o etanol, que chegou a registrar alta de mais de 13% em diversas unidades federativas, como Pernambuco (13,41%), Mato Grosso (14,85%) e Paraíba (13,82%).
Para o Diesel S-10, a maior variação foi de 1,46% no Rio Grande do Sul e de 1,44% em Santa Catarina. Já a gasolina registrou a maior alta em Sergipe (9,91%), apresentando estabilidade em boa parte do País.
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