A queda de 0,43% nos preços dos produtos industriais na porta de fábrica em novembro foi decorrente de reduções em 13 das 24 atividades pesquisadas, segundo os dados do Índice de Preços ao Produtor (IPP), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
No mês de novembro, as quedas de preços mais acentuadas ocorreram nas indústrias extrativas (-7,09%), outros equipamentos de transporte (-2,11%), madeira (-1,77%) e fumo (-1,73%).
As indústrias extrativas deram a maior contribuição negativa para o IPP de novembro, -0,37 ponto porcentual, seguidas de outros produtos químicos, com recuo de 1,36% e impacto de -0,11 ponto porcentual.
"Dois movimentos foram importantes em pautar o resultado do mês: a apreciação cambial corrente, a segunda mais intensa do real frente ao dólar no ano, e a queda do preço do barril de petróleo no mercado internacional. Como vem acontecendo nos últimos meses, o perfil difuso da dinâmica inflacionária tem prevalecido na indústria, sem sinais claros de repasse consolidado ao longo da maior parte das cadeias produtivas", avaliou Felipe Câmara, analista do IPP no IBGE, em nota oficial.
Na direção oposta, o setor de alimentos foi o de maior pressão na composição do IPP do mês, com alta de 0,56% e 0,14 ponto porcentual de influência. A atividade de refino de petróleo e biocombustíveis subiu 0,83%, uma contribuição de 0,09 ponto porcentual.
Apesar do aumento de preços em novembro, o setor de alimentos acumula um recuo de 3,36% no ano. Em refino de petróleo e biocombustíveis, houve queda de 11,89% no acumulado do ano.
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