O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, afirmou na quinta-feira, 2, que o anúncio do fim do ciclo de vacinação para febre aftosa em todo o território nacional é um feito histórico que mudará o patamar do Brasil, que tem as carnes como a quarta principal pauta de exportação. "Brasil sempre sonhou em ser País livre de febre aftosa sem vacinação () Isso vai nos abrir novos mercados, elevar preços das exportações, atingir poder acessar mercados mais exigentes. E é um processo que não acaba hoje, ele começa", disse Alckmin aos jornalistas. Segundo o vice-presidente, o Brasil trabalhará para que, em agosto, esse selo seja reconhecido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA).
O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, reiterou que o anúncio de hoje é apenas o início de um processo que será ainda mais difícil, mas que abrirá o País para mercados exigentes e remuneradores. "É só uma fase, não é o processo final, estamos mudando de patamar e para um patamar mais difícil", avaliou.
Fávaro explicou que, ao finalizar a campanha de vacinação de febre aftosa, o governo continuará um processo para concluir as exigências que precisam ser cumpridas para obter o reconhecimento junto à OMSA.
"Vamos continuar procedimento do check list de documentos que tem que ser feito, sorologia, rastreabilidade, tudo isso será formalizado", disse o ministro. Ele reforçou que deve haver um esforço conjunto entre União, Estados, municípios e pecuaristas para que as atitudes sanitárias do País mudem de patamar.
Alckmin e Fávaro agradeceram ainda os auditores fiscais do Rio Grande do Sul que suspenderam a operação-padrão para auxiliar a população gaúcha em meio aos desastre ocasionados pelas fortes chuvas. Eles reiteraram que cerca de dez frigoríficos foram atingidos pelas enchentes e o Estado deve enfrentar dias difíceis até que o acesso às proteínas animais seja normalizado.
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