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Tesouro prevê dívida bruta a 81,8% do PIB até 2027

O Tesouro Nacional estima que a Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG) vai subir até 2027, iniciando o processo de estabilização a partir de 2028, quando o índice estará em 81,8% do Produto Interno Bruto (PIB) - a soma de todos os bens e serviços produzidos

Fernanda Trisotto (via Agência Estado)

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Escrito por Fernanda Trisotto (via Agência Estado)
Publicado em 17.12.2024, 07:29:00 Editado em 17.12.2024, 07:36:46
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O Tesouro Nacional estima que a Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG) vai subir até 2027, iniciando o processo de estabilização a partir de 2028, quando o índice estará em 81,8% do Produto Interno Bruto (PIB) - a soma de todos os bens e serviços produzidos no País. Os dados constam da quinta edição do Relatório de Projeções Fiscais, divulgado nesta segunda, 16.

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Este cenário indica piora em relação às projeções divulgadas na edição anterior do relatório, publicado em março, que mostravam a DBGG subindo em 2024 e em 2025 e começando um processo de estabilização a partir de 2026, quando o índice atingiria 78,1% do PIB. No final do atual governo, em 2026, o endividamento do País estará em 81,7% do PIB.

A Dívida Bruta do Governo Geral - que abrange os governos federal, estaduais e municipais, excluindo o Banco Central e as empresas estatais - é uma das referências para avaliação, por parte das agências de classificação de risco, sobre a capacidade de solvência do País. Quanto maior a dívida, maior o risco de calote.

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Para a piora nas projeções do Tesouro pesaram o novo ciclo de aumento da taxa básica de juro (Selic) e o déficit primário (saldo negativo entre as despesas e a arrecadação do governo, sem contar juros da dívida pública e correção monetária).

"Devido ao nível mais alto dos juros nominais e do déficit primário, a DBGG/PIB deve registrar aumento de 3,3 p.p. (pontos porcentuais) do PIB em 2024 em comparação com 2023 a despeito da contribuição do PIB freando esse aumento. Em comparação com o relatório de março, o cenário para a DBGG mostra valores mais altos ao longo da trajetória, em função, principalmente, de uma taxa de juros mais elevada nos primeiros três anos da trajetória de projeções", diz o relatório.

Foram considerados alta real média do PIB entre 2024 e 2034 de 2,7%; avanço nominal médio da massa salarial de 7,9% ao ano; e redução da Selic até 2030, com estabilização em 6,4% ao ano.

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O relatório diz ainda que, para estabilizar a dívida em 2026, neste cenário de referência, será preciso superávit primário de 0,7% do PIB em 2028 - assim a dívida ficaria em 81,8% do PIB, mesmo nível de 2027.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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