Projeções do Tesouro Nacional apontam que a relação entre a dívida bruta e o PIB chegará a 75,1% neste ano, com pico de 76% em 2024. Só então se iniciará uma trajetória descendente, atrelada à expectativa de resultados primários positivos e de redução dos juros/PIB. Dessa forma, a dívida/PIB chegaria a 71,2% em 2032. As informações foram divulgadas nesta quarta-feira, 12, pelo Tesouro no Relatório de Projeções Fiscais, publicação semestral que olha para um horizonte de dez anos.
Para essas projeções, o Tesouro levou em consideração as novas regras do arcabouço fiscal conforme o texto aprovado na Câmara dos Deputados - que já passou por alterações no Senado e só será analisado pelos deputados novamente em agosto. Também foi levada em conta a grade de parâmetros da Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda do mês de maio e as projeções de resultado primário que constam do Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2024.
O Tesouro alerta que as projeções mostram que "o cumprimento das metas fiscais ensejará novos esforços do lado das receitas e das despesas já em 2024". De acordo com a publicação, para atingir o cenário fiscal base, será preciso implementar "medidas adicionais de receitas e contenção de despesas para alcance das metas de resultado primário", mas sem detalhar quais opções. "A premissa central do cenário de referência deste relatório é o compromisso com o processo de consolidação fiscal e a sustentabilidade, assumido pelo Ministério da Fazenda", diz.
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