O presidente do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, disse ter apresentado nesta terça-feira, 16, ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, uma demanda pelos recursos do Fundo Clima de R$ 31 bilhões em projetos até 2026. A cifra supera o volume disponível atualmente, que é de R$ 10,4 bilhões. O instrumento foi majoritariamente alimentado pela primeira emissão de títulos soberanos sustentáveis feita pelo Tesouro feita no fim do ano passado. Em junho, o órgão fez uma nova emissão, quando captou novamente US$ 2 bilhões em bonds com compromissos ambientais e sociais.
Ao deixar reunião no Ministério da Fazenda com Haddad, Mercadante foi questionado sobre se já haveria uma definição de quanto desse volume captado seria direcionado novamente ao Fundo Clima. O presidente do BNDES, por sua vez, apenas disse que apresentou a Haddad a demanda que há pelos recursos.
"Tem alguns ajustes para fazer no Fundo Clima, nós vamos fazer na próxima tranche esses ajustes", disse ainda.
O presidente do BNDES também afirmou ter apresentado a Haddad alguns dados do desempenho do banco, com elevação de 79% de aprovação de crédito e 21% de desembolso. "Também mostramos à Fazenda demanda de exportações de bens industriais, os dados são muito fortes, o que mostra, acho, que a Fazenda vai ter que rever a projeção do crescimento da economia esse ano. Pelo BNDES, teremos crescimento maior do que está projetado até agora", afirmou.
Mercadante ainda citou dados preliminares de empréstimos direcionados ao Rio Grande do Sul. Segundo ele, foram concedidos R$ 2,7 bilhões para capital de giro e cerca de R$ 500 milhões para investimentos.
Questionado ainda sobre se teria tratado com Haddad sobre a demanda por aportes do Tesouro no Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), o presidente do BNDES disse que o assunto não foi tratado durante o encontro com o ministro.
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