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Temor de juro maior nos EUA e no Brasil derruba Ibovespa a 95 mil pontos

O Ibovespa voltou a nesta quinta-feira, 14, hoje a faixa dos 95 mil pontos, vista pela última vez em meados de novembro de 2020, após ter começado o pregão aos 97.878,55 pontos. Em Nova York, as bolsas cedem em sua maioria acima de 1,50%, em meio ao cresc

Maria Regina Silva e Cícero Cotrim (via Agência Estado)

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Escrito por Maria Regina Silva e Cícero Cotrim (via Agência Estado)
Publicado em 14.07.2022, 11:23:00 Editado em 14.07.2022, 11:25:42
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O Ibovespa voltou a nesta quinta-feira, 14, hoje a faixa dos 95 mil pontos, vista pela última vez em meados de novembro de 2020, após ter começado o pregão aos 97.878,55 pontos. Em Nova York, as bolsas cedem em sua maioria acima de 1,50%, em meio ao crescimento das expectativas de que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) terá de subir os juros em 1 ponto porcentual este mês, para tentar conter as pressões inflacionárias, como retratou hoje o PPI. E ainda há preocupação de juros mais altos no Brasil. Ações de bancos caem em bloco, bem como as ligadas a commodities.

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Hoje, o Santander Brasil aumentou de 13,5% para 14,25% a sua projeção de taxa Selic no fim do ciclo de aperto, com mais dois aumentos de 0,5 ponto porcentual dos juros, nas reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom) de agosto e setembro. Em relatório, o banco atribui a revisão à deterioração das expectativas de inflação e a piora do balanço de riscos desde a última reunião do colegiado.

"Essa expectativa mexe com tudo. Tem a questão da recessão temor no mundo, covid retomando e China sugerindo à população para que estoque alimentos e medicamentos, indicando que pode fazer outro lockdown. É um clima ruim", avalia o economista e consultor de finanças Álvaro Bandeira. "Aqui, temos a PEC 'Kamikaze'. Não sabemos o que isso ocasionará lá na frente."

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Como observa Celso Fonseca, sócio e head de renda variável da Venice Investimentos, os mercados de renda variável, principalmente, até esboçaram alguma melhora mais cedo, após o núcleo do índice de inflação ao atacado dos EUA mostrar um resultado menos elevado que o esperado. No entanto, depois piorou. O PPI subiu 1,1% em junho, ante previsão de 0,8%, enquanto o núcleo, que exclui itens voláteis como alimentos e energia, avançou 0,3% na comparação mensal de junho, abaixo do consenso do mercado, de alta de 0,5%.

"É um dia difícil. Há temor de atividade fraca, recessão e perspectiva de um aumento de juros mais firmes lá fora, com algumas casas no Brasil lá elevando as projeções de Selic, e depois de um IBC-Br fraco", avalia Fonseca.

Como reforça Bruno Takeo, analista da Ouro Preto Investimentos, "o medo de recessão está forte, o petróleo deve buscar os 90 USD/barril", estima. Às 11h16, as cotações estavam entre US$ 96,09 (tipo Brent) e a US$ 92,10 o barril (WTI), com recuos de 3,48% e de 4,34%, respectivamente.

O Ibovespa caía 2,33%, aos 95.600,22 pontos, ante mínima aos 95.481,58 pontos (-2,45%), após abertura aos 97.878,55 pontos. Ou seja, queda de quase 2.400 pontos.

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