A ministra do Planejamento, Simone Tebet, voltou a afirmar nesta segunda-feira, 27, após deixar um evento em São Paulo, que o governo pretende zerar o déficit público em 2024. Segundo ela, as iniciativas para que isso seja possível já estão em curso pelo governo, com a reoneração de impostos e com o corte de gastos.
"Os três ministérios da equipe econômica têm consciência de que esse é um governo fiscalmente responsável e socialmente comprometido com o Brasil. Diante desse compromisso social, nós sabemos que temos a obrigação de virar o déficit fiscal. Se olharmos o histórico dos governos Lula, ele sempre teve essa preocupação de com o déficit fiscal e de combater a inflação", disse ela.
Tebet detalhou que o governo baixou uma portaria interministerial para que todas as pastas reavaliem as ações e os programas do governo passado, além das despesas com restos à pagar.
"No arcabouço fiscal, nós temos como meta, até o final do próximo ano, que possamos zerar o déficit. A gente zera o déficit de duas formas. Aumentando receita sem aumentar imposto. Isso já está acontecendo. E com reonerações. E sobre a ótica de qualidade de gastos públicos, de corte de despesas desnecessárias ou de políticas pública ineficientes. Nós temos dois anos para chegar nessa meta que é totalmente possível", disse a ministra.
Tebet ainda declarou que no primeiro Relatório de Receitas e Despesas apresentado pelo governo na semana passada já foi possível reduzir o déficit público de mais de R$ 231 bilhões para R$ 107 bilhões com ajustes que estão sendo feitos pelo governo. "Esse ajuste pode ser um pouquinho maior ou menor a depender das ações. Vamos reduzir o déficit fiscal desse ano", disse.
A ministra ainda afirmou que o arcabouço fiscal trará a possibilidade de que as despesas de saúde e educação tenham um orçamento maior nos próximos anos.
"Não está no arcabouço e nos parâmetros criar exceções. Ao falar em exceção, ao mandar para o Congresso, uma exceção viram 10. Não queremos isso. Não se fala em exceções. Falamos da possibilidade de ter um pouco mais de gasto sem esses gastos estarem acima do incremento da receita. Mas com um olhar específico para saúde e educação", disse Tebet.
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