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TCU vai julgar plano de concessão da BR-381, conhecida como 'rodovia da morte'

O Tribunal de Contas da União (TCU) prevê julgar nesta quarta-feira, 21, o plano de concessão da BR-381, em Minas Gerais, conhecida como 'rodovia da morte', em razão do alto índice de acidentes registrados na região. O projeto também envolve o repasse da

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 21.07.2021, 15:50:00 Editado em 21.07.2021, 15:56:18
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O Tribunal de Contas da União (TCU) prevê julgar nesta quarta-feira, 21, o plano de concessão da BR-381, em Minas Gerais, conhecida como 'rodovia da morte', em razão do alto índice de acidentes registrados na região. O projeto também envolve o repasse da operação da BR-262 para a iniciativa privada. Serão concedidos o trecho entre Belo Horizonte (MG) e Governador Valadares (MG), da 381, e a distância entre João Monlevade (MG) até Viana, no Espírito Santo, no caso da BR-262. No total, são 686,1 quilômetros licitados, para um contrato de 30 anos.

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Com investimento previsto na casa de R$ 7,7 bilhões, a concessão tem como um dos focos a duplicação de 590,5 quilômetros de estrada. A ampliação da capacidade da BR-381 é um pleito antigo dos mineiros, cobrada há décadas dos governantes. Em 2020, foi a rodovia que registrou o maior número de acidentes, um total 2.145 com vítimas, de acordo com a Confederação Nacional do Transporte (CNT). A BR-381 também é a rodovia que mais mata. Somente no ano passado foram 178 vidas perdidas, segundo a entidade.

Em 2019, já na gestão Bolsonaro, o governo reconheceu que duplicar toda a rodovia apenas com dinheiro público seria uma tarefa difícil diante das restrições orçamentárias. Foi quando a concessão do trecho, junto da BR-262, foi qualificada no Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) para estudos da concessão.

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No formato de obra pública, foram entregues em 2020 menos de 50 quilômetros duplicados da rodovia, que tem mais de 300 quilômetros entre a capital mineira, Belo Horizonte, e Governador Valadares. Mas, mesmo concedida à iniciativa privada, o plano completo de ampliação ainda levará alguns anos, com prazo para terminar no 18º ano da concessão. Isso significa que, se o contrato for iniciado no próximo ano, 100% da duplicação será entregue apenas em 2039. Se consideradas as obras deste tipo previstas para a BR-262, o processo acaba somente no 21º ano da concessão.

O projeto do governo prevê dois ciclos de duplicação dos trechos. O primeiro começa a partir do terceiro ano da concessão e vai até o oitavo e, o segundo, do 16º até o 21º ano. Por sua vez, no caso da 381, considerado o trecho mais perigoso, a maior parte das obras de ampliação será concentrada na primeira etapa. Além disso, o contrato também prevê a execução de 138 quilômetros de faixas adicionais, 131 quilômetros de vias marginais e 50 passarelas, por exemplo.

Pedágio e leilão

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A concessão também prevê tarifas diferenciadas para pista simples e pista dupla, com uma diferença de 40%. Os valores de pedágio também serão influenciados pelo método híbrido do leilão, modelo que vem sendo testado nas concessões de rodovias do governo Bolsonaro. Nele, as empresas que irão disputar o ativo podem oferecer apenas até 15,53% (no caso da BR-381/262) de desconto na tarifa proposta pelo poder público. Se mais de um concorrente ofertar o deságio máximo, o leilão é decidido numa segunda fase, com o maior valor de outorga oferecido.

Antes, os certames de rodovias consideravam apenas uma etapa, a de menor tarifa, mas sem teto de desconto. Ao estabelecer um porcentual máximo, o Ministério da Infraestrutura tenta desestimular a entrada de aventureiros na concorrência. A pasta acredita que a nova modelagem é necessária para se desviar de fracassos que marcaram a terceira rodada de leilões rodoviários, quando a média de deságio no valor do pedágio oferecido pelas concessionárias vencedoras chegou a 50% - o que se tornou um obstáculo para a sustentabilidade financeira das obras.

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