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Taxas têm queda com apetite ao risco para emergentes, mas limitada por fiscal

O otimismo que impulsionou a Bolsa e o real nesta quarta-feira, 24, chegou diluído ao mercado de juros. As taxas estiveram em queda durante toda a sessão, alimentada pelo apetite ao risco por ativos emergentes - que jogou o dólar para R$ 5,30 nas mínimas

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 25.11.2020, 18:43:00 Editado em 25.11.2020, 18:48:05
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O otimismo que impulsionou a Bolsa e o real nesta quarta-feira, 24, chegou diluído ao mercado de juros. As taxas estiveram em queda durante toda a sessão, alimentada pelo apetite ao risco por ativos emergentes - que jogou o dólar para R$ 5,30 nas mínimas -, mas sem alterações no nível de inclinação da curva, que segue bastante elevado. O roteiro se manteve o mesmo dos últimos dias, com a falta de solução para os problemas fiscais em razão de questões políticas segurando uma melhora consistente da curva, em meio a índices de inflação pressionados, mas vistos pelo Banco Central como algo "temporário" e que não deve resultar num aperto monetário no curto prazo. Além disso, profissionais lembram que hoje é véspera de leilão do Tesouro, o que costuma limitar a exposição ao risco.

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A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2022 encerrou a sessão regular em 3,35% e a estendida em 3,34%, de 3,146% ontem no ajuste, e a do DI para janeiro de 2023 caiu de 5,236% para 5,14% (regular) e 5,12% (regular). Os vencimentos janeiro de 2025 e janeiro de 2027 terminaram a etapa regular com taxas de 6,93% e 7,68%, de 7,005% e 7,764% ontem, e a estendida em 6,94% e 7,68%.

Cassio Andrade Xavier, gestor de renda fixa da Sicredi Asset, afirma que o forte fluxo de estrangeiros que tem chegado na Bolsa responde de forma diferente na renda fixa, dado que a inflação em alta corrobora a ideia de curva ainda mais inclinada. A sinalização do Banco Central é de que esse movimento de preços por ora não ameaça o foward guidance, segundo o qual a política monetária seguirá acomodatícia por um bom período. "O recuo das taxas hoje poderia ser melhor se não fosse a questão fiscal, que precisa ser endereçada com urgência, e o leilão amanhã", disse.

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O JPMorgan diz que o forte aumento de gasto público no Brasil contra os efeitos da pandemia coloca o País "à beira do abismo", com a curva doméstica sendo a mais inclinada entre 19 mercados emergentes monitorados por seus analistas. No fechamento da sexta-feira (20), a inclinação medida pela diferença entre a taxa do contrato de 10 anos e a mais curta (três meses) chegou a 5,89 pontos porcentuais, superando a então campeã mundial de inclinação de curva, a África do Sul (5,46 pontos).

O problema fiscal tem sido tema recorrente nas várias lives, não só com economistas do mercado, mas também nas apresentações de integrantes da equipe econômica. Hoje, num evento sobre cooperativismo, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, alertou que é preciso "plano que dê clara percepção que Brasil se preocupa com dívida" e que "conquistar credibilidade é ponto-chave para o Brasil". Sobre a inflação, disse que itens de curto prazo "tendem a se esvaziar" e que parte da pressão vem do câmbio, na parte de commodities, mas que já há queda em itens como soja e milho por exemplo.

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