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Taxas têm nova alta com preocupação sobre efeitos de commodities na inflação

Os juros futuros tiveram nova rodada de avanço, com destaque para os vértices curtos e intermediários que fecharam em alta pela quarta sessão consecutiva. O pano de fundo para a pressão na curva seguiu o mesmo: a valorização das commodities e seus impacto

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 03.03.2022, 18:41:00 Editado em 03.03.2022, 18:51:12
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Os juros futuros tiveram nova rodada de avanço, com destaque para os vértices curtos e intermediários que fecharam em alta pela quarta sessão consecutiva. O pano de fundo para a pressão na curva seguiu o mesmo: a valorização das commodities e seus impactos na inflação na medida em que a guerra entre Rússia e Ucrânia se estende. O petróleo teve um dia volátil, mas acabou terminando em baixa, o que contribuiu para afastar as taxas das máximas à tarde, mas em compensação matérias-primas metálicas e parte das agrícolas avançaram

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O saldo do dia foi o aumento nas apostas de um Copom mais agressivo após a reunião de março, com a curva já indicando Selic terminal de 13,5%. Novamente com a estratégia de não adicionar estresse ao mercado, o Tesouro trouxe lotes pequenos de prefixados longos na oferta do leilão, ainda assim vendida parcialmente.

A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2023 fechou a 12,79% (regular) e 12,85% (estendida), de 12,629% ontem no ajuste, e a do DI para janeiro de 2024 subiu de 12,158% para 12,390% (regular) e 12,465% (estendida), ambos concentrando hoje a liquidez da ponta curta. A taxa do DI janeiro de 2025 encerrou a 11,75% (regular) e 11,805% (estendida), de 11,536% ontem, e a do DI para janeiro de 2027, a 11,50% (regular) e 11,55% (estendida), de 11,411%.

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A curva esteve sob pressão o dia todo. Pela manhã as taxas longas ainda chegaram a ensaiar uma virada com a inversão da alta dos preços do petróleo, mas o movimento durou pouco. O petróleo depois voltou a subir, levando os DIs para as máximas, mas acabou novamente devolvendo os ganhos. Mesmo com vaivém do petróleo e o forte alívio do câmbio, as taxas subiram de forma consistente na ponta curta e intermediária, até porque boa parte dos grãos continuou avançando, enquanto os metais básicos dispararam.

"Os players estão preocupados com a inflação. O que afeta a curva é a aposta o transbordamento da esticada das commodities para os demais preços", resumiu André Perfeito, economista-chefe da Necton Investimentos. Para ele, porém, como as commodities também ajudam o real, o movimento da curva pode estar exagerado. "Entendo a cautela dos gestores, mas o dólar pode rapidamente furar os R$ 5 e, a partir disso, romper novos pontos gráficos importantes", disse.

Dado o recrudescimento do conflito nos últimos dias, as medianas de IPCA na Focus de ontem ficaram defasadas e a próxima pesquisa já pode mostrar a taxa para 2022, atualmente em 5,60%, perto de 6%. Tanto o Banco Alfa quanto o JPMorgan informaram hoje revisão na previsão de IPCA este ano justamente para 6%, ante 5,5% e 5,6%, respectivamente.

Dado o clima pesado do mercado, o Tesouro manteve em 200 mil a oferta de NTN-F, como na semana passada, mas vendeu só o lote de 150 mil para 2029, rejeitando as propostas para 2033, que tinha volume de 50 mil. Na operação da semana passada, não havia vendido nada em nenhum dos dois vencimentos. Por outro lado, a oferta de LTN de 3 milhões foi vendida integralmente nesta quinta-feira, maior do que a da última semana (1,5 milhão), mas abaixo do leilão de 15 dias atrás (7 milhões), de mesmos vencimentos.

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