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Taxas sobem mais de 15 pontos com risco de gastos públicos maiores

Os juros futuros subiram mais de 15 pontos renovaram máxima por toda a curva no fim da tarde desta quinta, 23, com o mercado embutindo o risco de um novo aumento dos gastos públicos, após notícia da Bloomberg mencionar que o governo avalia medidas para fo

Caroline Aragaki (via Agência Estado)

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Escrito por Caroline Aragaki (via Agência Estado)
Publicado em 23.01.2025, 18:52:00 Editado em 23.01.2025, 19:01:22
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Os juros futuros subiram mais de 15 pontos renovaram máxima por toda a curva no fim da tarde desta quinta, 23, com o mercado embutindo o risco de um novo aumento dos gastos públicos, após notícia da Bloomberg mencionar que o governo avalia medidas para fornecer alimentos com custo reduzido. A discussão foi confirmada por fontes ouvidas pelo Broadcast. Oficialmente o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, negou a possibilidade, mas as taxas não aliviaram e seguiram no nível de 15%. A alta dos rendimentos dos Treasuries também apoiaram o movimento, em dia de volume de negócios mais escasso por conta da agenda esvaziada e na véspera do IPCA-15.

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As taxas de contrato de Depósito Interfinanceiro (DIs) já subiam desde cedo, mas o estresse maior veio no fim da tarde. Apuração do Broadcast mostra o governo estuda diminuir a distância da produção de alimentos e levar esses alimentos para as redes mais afastadas.

"Acho que essa possibilidade gera um problema de quanto ficaria essa conta de subsídios e, segundo, aumenta o risco de o governo adotar uma posição mais intervencionista na economia", afirma o economista-chefe da Nova Futura, Nicolas Borsoi.

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Haddad, por volta das 17h40, mencionou que "ninguém pensa em usar espaço fiscal para esse tipo de coisa (reduzir preço de alimento)". Segundo ele, subsídios para baixar preços de alimentos é "boataria". Ainda assim, as taxas se mantiveram nos níveis de 15%, sem denotar alívio.

Saadia, da Nomos, enfatiza que os juros não seguiram a queda proeminente do dólar - que, no piso, chegou a R$ 5,87 - por um "ajuste técnico e acompanhando os Treasuries". Ele destaca que o volume de negócios foi menor nesta quinta-feira, de modo que "às vezes temos movimentos que foram feitos por apenas um player forte, por exemplo".

O pico da valorização do real nesta quinta-feira ocorreu após participação do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, no Fórum Econômico Mundial de Davos, na Suíça. O republicano sugeriu uma aproximação entre ele e o presidente da China, Xi Jinping. "Não fez preço nos juros, mas em geral a notícia deixa investidores menos tensos em relação às tarifas, que devem ficar abaixo do que foi prometido no palanque da corrida eleitoral", pondera Saadia.

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O sócio e analista da Ajax Asset, Rafael Passos, menciona ainda que "com o IPCA-15 de amanhã e o Copom chegando, faz sentido o mercado ficar em posição mais de hedge".

A taxa de depósito interfinanceiro (DI) para janeiro de 2026 subiu para 15,070%, de 14,921% no ajuste anterior. O DI para janeiro de 2027 encerrou em 15,355%, ante 15,14%, e o para 2029 avançou a 15,205%, de 14,98% no ajuste de ontem.

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