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Taxas sobem com aumento de ruídos políticos e curva ganha inclinação

A curva começou a semana com ganho de inclinação, com taxas curtas perto da estabilidade e as demais em alta. Ruídos políticos relacionados ao Congresso encontraram terreno fértil para uma realização de lucros no mercado de juros. Após uma manhã de poucas

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 14.12.2020, 18:43:00 Editado em 14.12.2020, 18:48:27
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A curva começou a semana com ganho de inclinação, com taxas curtas perto da estabilidade e as demais em alta. Ruídos políticos relacionados ao Congresso encontraram terreno fértil para uma realização de lucros no mercado de juros. Após uma manhã de poucas oscilações, os ativos pioraram em bloco no começo da tarde, com os agentes embutindo nos preços o risco de prorrogação do auxílio emergencial em 2021 e de a votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) no Congresso, marcada para quarta (16), não acontecer. No fim do dia, porém, houve algum alívio depois que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse ao Estadão/Broadcast que concorda com um acordo para a aprovação ainda esse ano do projeto de reforma tributária que cria a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS).

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A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2022 fechou a sessão regular em 3,035% e a estendida em 3,03%, de 3,029% no ajuste anterior. A do DI para janeiro de 2023 subiu de 4,335% para 4,365% (regular) e 4,37% (estendida), e a do DI para janeiro de 2025, de 5,894% para 5,930% (regular estendida). O DI para janeiro de 2027 terminou a regular com taxa de 6,790% e a estendida em 6,82%, de 6,723%.

"Tivemos lá fora uma piorada nas moedas emergentes, mas na curva os fatores locais pesaram mais", disse João Mauricio Rosal, economista-chefe da Guide Investimentos. Segundo mostrou o Broadcast, o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE), relator do projeto que instituiu o auxílio emergencial durante a pandemia, protocolou um projeto para prorrogar o pagamento até 31 de março de 2021. A proposta também estende o estado de calamidade pública para o mesmo período. A notícia foi publicada quando as mesas já repercutiam as dificuldades na LDO, cuja votação na quarta-feira estaria ameaçada porque líderes da oposição querem analisar vetos do presidente Jair Bolsonaro antes de votar o projeto.

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No meio da tarde, o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), descartou, "em princípio", a prorrogação do auxílio e do estado de calamidade, porque não há espaço no orçamento. Também garantiu a votação da LDO na quarta-feira.

Para a equipe do BofA Securities, em termos relativos, a região intermediária da curva brasileira é mais atrativa para posições doadas, em especial nos prazos de 3 anos. "A curva longa oferece prêmios ainda elevados, em termos reais e nominais, mas é altamente sensível ao ruído político, então temos mais cautela ali", afirmam economistas da instituição, em relatório.

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