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Taxas de juros sobem após Copom mais conservador em ata e por receio com risco fiscal

A ata do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, em que o colegiado reiterou a percepção de um cenário "mais adverso" para a inflação e reforçou o compromisso com o combate à alta de preços e com a continuidade no aperto da Selic, abriu esp

Gustavo Nicoletta (via Agência Estado)

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Escrito por Gustavo Nicoletta (via Agência Estado)
Publicado em 25.03.2025, 18:10:00 Editado em 25.03.2025, 18:16:15
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A ata do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, em que o colegiado reiterou a percepção de um cenário "mais adverso" para a inflação e reforçou o compromisso com o combate à alta de preços e com a continuidade no aperto da Selic, abriu espaço para que as taxas dos contratos de Depósito Interfinanceiro (DI) subissem. A alta ocorreu mesmo diante de recuos no dólar e nos juros dos Treasuries, que na primeira etapa do pregão chegaram a empurrar as taxas para o território negativo.

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Os especialistas chamaram atenção particularmente ao parágrafo 10 da ata, em que o Copom diz que as expectativas de inflação "elevaram-se novamente em todos os prazos", mostrando "desancoragem adicional" e um cenário "mais adverso" para os preços.

No mesmo trecho, o colegiado acrescenta: "o cenário de convergência da inflação à meta torna-se mais desafiador com expectativas desancoradas para prazos mais longos e exige uma restrição monetária maior e por mais tempo do que outrora seria apropriado".

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Adauto Lima, economista-chefe da Western Asset, aponta que o recado neste trecho do documento é que o Copom está preparado para fazer mais aperto monetário e por mais tempo. Segundo ele, a ata confirmou uma visão um pouco mais "hawkish" - propensa a altas de juros - do que o comunicado publicado na última quarta-feira.

León Santiago Lucas, head de renda fixa da Ville Capital, também avalia que o Copom demonstrou na ata um conservadorismo maior do que no comunicado. Ele mencionou que o mercado segue atento à discussão sobre a isenção do Imposto de Renda (IR) e aos efeitos da proposta, que pode estimular o consumo e piorar o quadro fiscal se as medidas de compensação forem diluídas no Congresso - ambos fatores que aumentam as chances de a Selic permanecer elevada.

A taxa do contrato de DI para janeiro de 2026 subiu a 15,115%, de 15,028% no ajuste anterior. A taxa para janeiro de 2027 aumentou a 15,055%, de 14,891%, e a taxa para janeiro de 2029 avançou a 14,795%, de 14,643%.

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