Os juros futuros avançam na manhã desta terça-feira, 26, especialmente os mais curtos, após a ata do Comitê de Política Monetária (Copom) deixar claro que não há, no momento, espaço para acelerar o ritmo de corte da Selic para além dos atuais 50 pontos-base. O comitê manteve a avaliação já dada na reunião anterior, de agosto, de que é "pouco provável" uma intensificação do ritmo de cortes da taxa Selic.
Apesar do processo de desinflação decorrente das menores pressões sobre commodities, do aperto monetário global e da normalização das cadeias, o BC repetiu que há um recuo lento nos núcleos de inflação.
Em meio à cruzada do Ministério da Fazenda para garantir o resultado primário zero em 2024, o Copom afirma que a incerteza observada no mercado financeiro recentemente, com alta em prêmios de risco e inflação implícita, está mais ligada à execução das medidas de receita e despesas compatíveis com o arcabouço e o cumprimento das metas fiscais.
Segundo o BC, antes a incerteza estava mais no desenho final do novo arcabouço fiscal, já sancionado.
O mercado também avalia o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) de setembro, que subiu 0,35% e ficou abaixo da mediana do Projeções Broadcast, de 0,37%, o que acaba não trazendo alívio à curva.
Às 9h30, a taxa do contrato de depósito interfinanceiro (DI) para janeiro de 2025 subia a 10,605%, de 10,575% no ajuste anterior.
O DI para janeiro de 2027 estava em 10,660%, de 10,624%, e o para janeiro de 2029 avançava para 11,220%, de 11,204% no ajuste anterior.
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