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STF retira de pauta recurso do governo contra encerramento de apuração sobre Campos Neto

O Supremo Tribunal Federal (STF) retirou da pauta o recurso da Advocacia Geral da União (AGU) que busca a liberação do processo sobre a offshore do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, na Comissão de Ética Pública da Presidência da República

Lavínia Kaucz (via Agência Estado)

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Escrito por Lavínia Kaucz (via Agência Estado)
Publicado em 06.12.2024, 10:01:00 Editado em 06.12.2024, 10:09:54
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O Supremo Tribunal Federal (STF) retirou da pauta o recurso da Advocacia Geral da União (AGU) que busca a liberação do processo sobre a offshore do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, na Comissão de Ética Pública da Presidência da República (CEP). Na última quarta-feira, o ministro Dias Toffoli, relator do caso, liberou o recurso para julgamento da Segunda Turma.

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A análise havia sido pautada para a sessão virtual que começa na semana que vem. Não foi definida uma nova data.

A Segunda Turma é composta por cinco ministros. Além de Toffoli, também integram o colegiado os ministros Edson Fachin, Gilmar Mendes, Kássio Nunes Marques e André Mendonça.

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A apuração sobre a offshore de Campos Neto foi aberta em 2019, ainda durante o governo de Jair Bolsonaro. O processo avançou em 2023, depois da posse de Luiz Inácio Lula da Silva.

A Comissão de Ética havia colocado o caso na pauta de reunião extraordinária que seria realizada em 4 de setembro. Na véspera, dia 3, Toffoli determinou o encerramento das ações administrativas contra o presidente do Banco Central. O colegiado cancelou a reunião extraordinária.

Em setembro, o governo recorreu da decisão de Toffoli. Um dos argumentos do ministro na decisão é que os fatos apurados na Comissão de Ética já foram objeto de investigação pela Procuradoria-Geral da República (PGR), que concluiu pela inexistência de crime.

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A AGU sustenta que as naturezas das apurações são distintas - uma é penal, a outra é administrativa.

"A transgressão de normas éticas não implica, necessariamente, violação de lei, mas, principalmente, descumprimento de um compromisso moral e dos padrões qualitativos estabelecidos", disse a AGU no recurso.

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