A S&P Global afirma que a perda de fôlego da inflação e o relaxamento monetário apoiam a perspectiva de crescimento econômico no Brasil. A avaliação está em relatório da agência, no qual ela revisa a perspectiva do rating BB- do País, de estável a positiva. A mesma agência havia colocado perspectiva positiva de rating do Brasil em 2019, mas reviu isso no ano seguinte.
Na avaliação da S&P, a inflação está "em níveis significativamente mais baixos que 12 meses atrás", e a política monetária deve relaxar, levando o crescimento rumo aos 2% até 2026. Ela estima que o PIB per capita do País alcance US$ 9.700 em 2023 e caminhe para US$ 10.800 até 2026. "A taxa média de crescimento do PIB está aumentando, mas ainda abaixo de pares com o mesmo nível de desenvolvimento econômico", considera.
A S&P Global afirma que os ratings refletem o arcabouço institucional complexo, que ancora a estabilidade macroeconômica, mas também se traduz em "implementação muito gradual de política". Ela opina que a falta de capacidade de responder rápido a problemas econômicos impede crescimento maior, consistente com emergentes de nível similar de desenvolvimento. O quadro também é limitado pela estrutura fiscal rígida, que contribui para os grandes déficits fiscais e para o grande peso da dívida, aponta.
Ainda assim, a S&P Global considera que medidas implementadas nos últimos anos ajudam a conter riscos à estabilidade macroeconômica. A trajetória do PIB e das finanças públicas têm se mostrado melhor do que o antes previsto, ajudando a conter riscos que de outro modo teriam minado a política monetária e a posição líquida externa. O risco de as reformas serem revertidas ou fracamente implementadas diminuiu, diante de uma formulação de políticas econômicas mais pragmática por entre os níveis de governo, avalia.
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