O arcabouço fiscal tende a ser aprovado em curto prazo, e a medida pode ajudar o Brasil a reduzir seu ainda elevado déficit fiscal e beneficiar o crescimento no Produto Interno Bruto (PIB), avalia a S&P Global. Diante deste quadro de maior certeza fiscal e monetária, seria possível elevar o rating nacional em dois anos, diz a agência, ao traçar um dos potenciais cenários para o País, após elevar a perspectiva de seu rating BB- de estável a positiva.
A expectativa da S&P é que, mesmo com uma âncora fiscal mais frouxa que o antigo teto de gastos, os gatilhos da medida serão suficientes para reduzir a dívida do governo para menos do que o previsto, o que tende a resultar em menor inflação e relaxamento monetário e favorecer o crescimento nacional.
De acordo com a agência de classificação de risco, o quadro político brasileiro leva tempo demais para aprovar reformas no país, e a incapacidade de reagir rápido a problemas econômicos impede um crescimento maior. Neste cenário, uma reforma tributária beneficiaria as perspectivas de crescimento econômico no médio e longo prazo, mas deve levar tempo e exigir um grande capital político.
Embora avançando com reformas lentas, os baixos riscos de reverter os progressos fiscais e a autoridade monetária independente do país favorecem uma perspectiva otimista para o Brasil.
A S&P Global ainda diz esperar que o banco central continue independente no Brasil, em sua tarefa de almejar a meta de inflação, "apesar de algumas pressões políticas".
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