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Sob pressão, Haddad acena com cortes

Em um momento de desconfiança do mercado com os rumos da política fiscal - que levou o dólar a R$ 5,40 na quarta-feira, 12 -, os ministros da Fazenda, Fernando Haddad, e do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, fizeram um discurso mais assertivo em defe

Amanda Pupo e Giordanna Neves (via Agência Estado)

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Escrito por Amanda Pupo e Giordanna Neves (via Agência Estado)
Publicado em 14.06.2024, 07:25:00 Editado em 14.06.2024, 07:32:55
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Em um momento de desconfiança do mercado com os rumos da política fiscal - que levou o dólar a R$ 5,40 na quarta-feira, 12 -, os ministros da Fazenda, Fernando Haddad, e do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, fizeram um discurso mais assertivo em defesa de uma agenda de revisão e corte de gastos nesta quinta-feira, 13. Haddad falou em adotar "um ritmo mais intenso de trabalho" em torno da pauta e fazer uma "revisão ampla, geral e irrestrita"das propostas para reduzir despesas.

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A reação do mercado não demorou a aparecer, com recuo das cotações do dólar e dos juros no mercado futuro. Depois de acumular valorização de mais de 2% nos últimos quatro dias, o dólar fechou ontem em queda de 0,70% (mais informações na pág. B2).

"A equipe já está montada; o que pedimos foi intensificação dos trabalhos, para que, até o fim de junho, possamos ter clareza do Orçamento de 2025, estruturalmente bem montado, para passar tranquilidade sobre o endereçamento das questões fiscais do País", disse o ministro, depois de reunião com Tebet. O projeto orçamentário tem de ser enviado até agosto ao Congresso.

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Haddad ainda afirmou que o governo está "botando bastante força" nas revisões para acomodar "as várias pretensões legítimas do Congresso, do Executivo". "Mas, sobretudo, para garantir que tenhamos tranquilidade no ano que vem."

Tebet endossou o discurso de Haddad e acrescentou que, diferentemente do ajuste via receitas - que começou a se exaurir, diante da dificuldade de o governo aprovar novas medidas arrecadatórias no Congresso -, existe hoje margem para rever despesas. O cardápio de alternativas, segundo ela, ainda não foi fechado, mas em última instância vai depender da aprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Tebet voltou a criticar o uso indiscriminado de desonerações.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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