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Sob pressão, governo agora admite 'alternativas' ao aumento do IOF

Pressionado por bancos, setor privado e Congresso, o governo agora admite que pode discutir "alternativas" a trechos específicos na mudança que promoveu na cobrança do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) na semana passada. Nesta quarta, 28, após r

Redação, O Estado de S. Paulo (via Agência Estado)

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Escrito por Redação, O Estado de S. Paulo (via Agência Estado)
Publicado em 29.05.2025, 07:21:00 Editado em 29.05.2025, 07:30:19
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Pressionado por bancos, setor privado e Congresso, o governo agora admite que pode discutir "alternativas" a trechos específicos na mudança que promoveu na cobrança do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) na semana passada.

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Nesta quarta, 28, após reunião do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, líderes dos quatro maiores bancos do País e o presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), o secretário executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, disse que há na mesa propostas para o IOF tanto do governo quanto da entidade que representa o setor bancário.

"É natural que a gente avance nesse debate sobre o que poderia ser uma alternativa a itens isolados desse ajuste no IOF", disse Durigan a jornalistas, na saída da reunião. Estiveram no encontro os presidentes do Itaú Unibanco, Bradesco, Santander e BTG Pactual.

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Na quinta-feira passada, 22, o governo apresentou um pacote de mudanças em alíquotas do IOF sob a justificativa de que fazia ajustes na cobrança do imposto. As alterações foram divulgadas no mesmo dia em que a Fazenda anunciou o corte de R$ 31,3 bilhões do Orçamento.

A reação foi ruim e, no mesmo dia, o governo decidiu recuar em parte das mudanças - especificamente no aumento da cobrança de IOF em investimentos em fundos no exterior.

O recuo parcial, porém, não foi suficiente. Bancos e setor privado mantiveram as queixas alegando que as alterações no IOF iriam encarecer o crédito. No Congresso, a oposição apresentou dois projetos para sustar a medida.

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As incertezas sobre o tema mexeram com o mercado ontem. O dólar, que chegou a R$ 5,70, fechou em R$ 5,69, alta de 0,88%. Já a Bolsa caiu 0,47%.

Impacto

Ao lado de Durigan, o presidente da Febraban, Isaac Sidney, disse ontem que o objetivo da reunião foi apresentar impactos da medida, especialmente nas operações de crédito.

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"Mostramos para o ministro Haddad e para seus secretários que o impacto é severo, é um impacto para o crédito das micro, pequenas e médias empresas", disse Sidney. "Em uma operação que possa ser prorrogada de curto prazo, em até um ano, a gente pode ter um impacto entre três e oito pontos porcentuais (na taxa). Isso pode significar, no custo efetivo total de uma operação de curto prazo, uma variação entre 14,5% a 40% do custo efetivo total."

Sidney disse que o setor financeiro apresentou a Haddad possibilidades de fonte de receitas e de redução de despesas. "Estamos diante de uma situação que o País precisa ter as suas finanças públicas equilibradas, o setor bancário tem essa compreensão", disse.

Ao todo, o governo esperava arrecadar R$ 20,5 bilhões este ano com as mudanças no IOF.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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