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Sinais de que Selic não subirá e de que juro dos EUA cairá estimulam alta do Ibovespa

O Ibovespa avança neste primeiro pregão de agosto, acima dos 128 mil pontos, depois de ter subido 1,20% ontem, aos 127.651,81 pontos, em dia de elevação das commodities. A valorização reflete a alta das bolsas norte-americanas, após o entendimento de que

Maria Regina Silva (via Agência Estado)

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Escrito por Maria Regina Silva (via Agência Estado)
Publicado em 01.08.2024, 11:34:00 Editado em 01.08.2024, 11:38:10
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O Ibovespa avança neste primeiro pregão de agosto, acima dos 128 mil pontos, depois de ter subido 1,20% ontem, aos 127.651,81 pontos, em dia de elevação das commodities. A valorização reflete a alta das bolsas norte-americanas, após o entendimento de que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) começará a cortar os juros básicos do país em setembro. Ontem, o Fed manteve suas taxas como o esperado.

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"Mercados ainda sentem resquícios dos efeitos da indicação do Fed - sentidos já após a decisão ontem. E ainda tem o Copom e as commodities. Hoje tem um ânimo maior", diz Pedro Caldeira, sócio e assessor da One Investimentos.

Hoje, dados norte-americanos reforçaram a ideia de que o juro americano começará a cair em setembro, como a leitura do Instituto para Gestão da Oferta (ISM) do PMI industrial dos EUA, que caiu a 46,8 em julho. O dado mais fraco fortalecer a aposta em cortes de juros do Fed.

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A despeito de o Banco Central do Brasil não ter indicado que subirá a Selic, elevou um pouco o tom ao demonstrar preocupação com a piora do cenário doméstico recentemente, acrescenta Moreira.

Ontem, o Comitê de Política Monetária (Copom) deixou a taxa Selic em 10,50%, também como o previsto, sem indicação de alta à frente, apesar das pressões inflacionárias e no câmbio, além das incertezas fiscais. Neste sentido, é um bom sinal, o que estimula principalmente ações ligadas ao ciclo econômico.

"O texto não dá margem para elevação dos juros no curto prazo, mas começa a preparar terreno para tal situação, caso os pontos indicados no balanço de riscos sigam em deterioração", avalia Silvio Campos Neto, sócio da Tendências Consultoria.

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Segundo Carlos Lopes, economista do Banco BV, mesmo com a piora do cenário no Brasil, o Copom optou pela serenidade, sugerindo que não subirá a Selic. "Sim, isso indicação de manutenção da Selic é bom para a Bolsa que sofre com juros mais altos", diz.

Porém, Lopes observa que se o cenário continuar piorando, o Banco Central sugere que fará algo. Para o economista do BV, seria mal visto pelo mercado se o BC tivesse passado a ideia de que está leniente com o quadro atual de deterioração das expectativas, por exemplo. "Mas este não é o caso."

Ontem, o Índice Bovespa subiu 1,20%, aos 127.651,81 pontos. "Precisa recuperar o nível dos 129 mil pontos, aproveitando o recesso político e férias", diz Alvaro Bandeira, coordenador de Economia da Apimec Brasil.

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Além de o investidor digerir o conteúdo do comunicado do Copom, a safra de balanços fica no radar, com Ambev e Gerdau, por exemplo.

Apesar da alta do petróleo no exterior, em meio ao aumento das tensões no Oriente Médio, as ações da Peteobras passaram a cair, bem como as da Vale, a despeito do avanço de 2,47% do minério de ferro em Dalian, na China.

O minério subiu "ajudado pelo reporte de resultados da mineradora Rio Tinto, que demonstrou confiança na demanda da China", cita o sócio da Tendências. Apesar disso, completa, o índice PMI Caixin da indústria no país recuou para 49,8 pontos em julho, abaixo do esperado.

Às 11h11, o Ibovespa subia 0,66%, aos 128.494,32 pontos, ante alta de 0,87%, na máxima aos 128.761,32 pontos. Na parte setorial da Bolsa, o índice de consumo era o que mais subia: 1,42%. Petrobras cedia 10,19% (PN) e -0,39% (ON). Vale caía 0,78%.

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