MAIS LIDAS
VER TODOS

Economia

Silveira nega participação da Pasta em negociações privadas de venda de térmicas da Eletrobras

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, negou a participação da pasta no processo de venda de térmicas da Eletrobras para a Âmbar, do grupo J&F, ou possível negociação para a compra da Amazonas Energia. Ele lembrou que, a partir da transferênci

Renan Monteiro (via Agência Estado)

·
Escrito por Renan Monteiro (via Agência Estado)
Publicado em 19.06.2024, 17:55:00 Editado em 19.06.2024, 17:59:56
Imagen google News
Siga o TNOnline no Google News
Associe sua marca ao jornalismo sério e de credibilidade, anuncie no TNOnline.
Continua após publicidade

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, negou a participação da pasta no processo de venda de térmicas da Eletrobras para a Âmbar, do grupo J&F, ou possível negociação para a compra da Amazonas Energia. Ele lembrou que, a partir da transferência de controle societário, prevista em medida provisória editada na semana passada, a novo controlador da concessão precisará cumprir "requisitos objetivos", sobretudo no equilíbrio econômico-financeiro.

continua após publicidade

"Nós não participamos das negociações privadas. A Eletrobras, infelizmente, é uma empresa privada hoje. A única coisa que nós tivemos conhecimento durante esse processo é de que tinham quatro ou cinco grupos disputando não só a questão das térmicas, mas também da due diligence (investigação de uma oportunidade de negócio) na distribuidora", declarou Silveira, em conversa com jornalistas.

No dia 10 de junho, a Eletrobras comunicou ao mercado a venda de 13 usinas termelétricas para Âmbar por R$ 4,7 bilhões. Além da empresa dos irmãos Batista, outros interessados, como o banco BTG em associação com a Eneva, e fundos estrangeiros, fizeram ofertas pelos ativos.

continua após publicidade

Do pacote, com exceção da usina de Santa Cruz, no Rio, as demais usinas vendem energia para a Amazonas Energia, a distribuidora de energia elétrica do Estado do Amazonas. A empresa, no entanto, é deficitária e desde novembro não paga pela energia gerada por essas térmicas. A Âmbar, ao fazer a oferta, assumiu o risco de inadimplência desses contratos, até então na conta da Eletrobras.

No comunicado público feito após a conclusão do acordo, a Eletrobras informou que repassou "imediatamente à Âmbar o risco de inadimplência dos contratos de energia dos ativos, o que garantirá a retomada dos pagamentos relativos ao fornecimento mensal de energia que a Eletrobras faz à distribuidora". Em outras palavras, a Eletrobras passou para a empresa dos irmãos Batista o problema de não receber da Amazonas Energia.

Na quinta-feira, 13 de maio, 72 horas após o negócio, o Diário Oficial da União trouxe a publicação de uma medida provisória de socorro ao caixa da Amazonas Energia e que transfere o pagamento pela energia das térmicas para contas gerenciadas pelo governo e financiadas pelas contas de luz de consumidores de todo o País por até 15 anos. A MP foi assinada pelo presidente em exercício Geraldo Alckmin e pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.

continua após publicidade

Um fundo israelense tinha mostrado interesse, mesmo sem as mudanças regulatórias previstas com a MP. A Aneel barrou a operação avaliando critérios técnicos. Silveira defende que o caminho viável, sem custo direto para a União, é a troca societária.

"A caducidade nunca houve no Brasil. Ninguém nunca sabe as consequências da caducidade. As flexibilizações regulatórias foram a fim de que alguém se interesse, a suceder a atual (empresa)", disse.

Em conversa recente, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, teria questionado a sucessão na Amazonas Energia, com preocupações sobre eventual impacto orçamentário se não for possível a troca de controle.

continua após publicidade

"Haddad sabe o ônus para o Brasil caso a sucessão da Amazonas Energia não aconteça", afirmou, citando a estimativa de custo de até R$ 4 bilhões com caducidade ou intervenção administrativa.

Decreto

Na terça-feira, 18, Silveira esteve reunido com o presidente Lula para ajustar os pontos finais do decreto de renovação das concessões de energia elétrica. A minuta havia sito encaminhada para a Casa Civil há cerca de um mês. "O decreto, de lá para cá, teve apenas mudanças pontuais do ponto de vista redacional, mas, no mérito, a Casa Civil viu como muito acertado o passo que nós estamos dando no sentido de ampliar investimentos", mencionou.

São estimados R$ 115 bilhões de investimento nos próximos quatro anos no setor de distribuição do Brasil.

Gostou desta matéria? Compartilhe!

Icone FaceBook
Icone Whattsapp
Icone Linkedin
Icone Twitter

Mais matérias de Economia

    Deixe seu comentário sobre: "Silveira nega participação da Pasta em negociações privadas de venda de térmicas da Eletrobras"

    O portal TNOnline.com.br não se responsabiliza pelos comentários, opiniões, depoimentos, mensagens ou qualquer outro tipo de conteúdo. Seu comentário passará por um filtro de moderação. O portal TNOnline.com.br não se obriga a publicar caso não esteja de acordo com a política de privacidade do site. Leia aqui o termo de uso e responsabilidade.
    Compartilhe! x

    Inscreva-se na nossa newsletter

    Notícia em primeira mão no início do dia, inscreva-se agora!