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Silveira diz que MP da redução tarifária corrige erro grotesco e poderá estimular crescimento

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse que a medida provisória (MP) lançada nesta terça-feira, 9, pelo governo federal corrige um "erro grotesco do governo anterior" e poderá resultar em redução de até 5% das contas de energia elétrica.

Luiz Araújo, Sofia Aguiar e Caio Spechoto (via Agência Estado)

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Escrito por Luiz Araújo, Sofia Aguiar e Caio Spechoto (via Agência Estado)
Publicado em 09.04.2024, 17:33:00 Editado em 09.04.2024, 17:38:31
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O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse que a medida provisória (MP) lançada nesta terça-feira, 9, pelo governo federal corrige um "erro grotesco do governo anterior" e poderá resultar em redução de até 5% das contas de energia elétrica. Isso será possível, segundo a MP, a partir da antecipação do pagamento de R$ 11 bilhões que influenciam os valores pagos pelos usuários. "Essas duas contas foram contraídas de forma irresponsável e nunca deveriam ter sido jogadas no colo do consumidor de energia", disse em discurso.

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A medida provisória condensa duas propostas discutidas pelo governo federal nos últimos meses. O pagamento dos empréstimos será feito a partir do uso de recursos devidos pela Eletrobras por conta da privatização da companhia. O outro ponto da MP versa sobre a concessão de mais prazo para novos projetos de geração renovável já outorgados garantirem descontos nas tarifas de transmissão e distribuição.

Na justificativa para a apresentação da MP, o MME destaca que o principal motivo é a necessidade de "sanar aumento tarifário exorbitante" para o Amapá, inicialmente estimado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) de 44,41%, mas atualizado para cerca de 33% na mais recente análise da agência, realizada em março.

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Na fala, Silveira defendeu que o impacto para a redução da conta de energia é algo necessário, mas destacou que isso precisará ser acompanhado de segurança. "A redução precisa ser feita com segurança jurídica, estabilidade regulatória e fortalecimento da governança do setor", disse o ministro. "A redução é justa e vai estimular o crescimento nacional", acrescentou.

Para a antecipação dos pagamentos de empréstimos, a MP prevê obter autorização para que a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) negocie a antecipação dos recebíveis da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) devidos pela Eletrobras.

Renováveis

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A medida concede um prazo adicional de 36 meses para a completa entrada em operação dos projetos de geração renováveis que participaram da chamada "Corrida do Ouro", isto é, a busca por garantir descontos nas tarifas de uso dos sistemas de transmissão e de distribuição, ao solicitarem outorga até março de 2022.

Sobre esse ponto, Silveira disse que a medida provisória é "mais um passo nas políticas públicas que fortalecem o País como protagonista global da transição energética justa e inclusiva".

Conforme lei publicada em março de 2021, esses projetos teriam 48 meses para obter o benefício. No entanto, empreendedores e governadores do Nordeste passaram a defender a extensão do prazo, de forma a concatenar a entrada em operação dessas usinas com os prazos para a implantação dos sistemas de transmissão de energia correspondentes.

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Como contrapartida para ter direito ao prazo adicional, os empreendedores deverão aportar garantia de fiel cumprimento em até 90 dias da publicação da MP e iniciar as obras do empreendimento em até 18 meses. O valor da garantia de fiel cumprimento proposto é de 5% do valor estimado do empreendimento e vigorará por até seis meses após a entrada em operação comercial da última unidade geradora do empreendimento

Segundo o MME, há estoque de projetos, principalmente eólicos e solares, que somam cerca de 145 gigawatts (GW). Desse montante, 88 GW têm outorgas de autorização emitidas, mas as obras não foram iniciadas até o momento. Para a pasta, esse estoque, concentrado principalmente no Nordeste, se dá porque o ritmo de crescimento da demanda por energia foi menor do que a oferta potencial, o que limitou sua viabilidade comercial.

Além disso, a disputa pela garantia de acesso ao sistema de transmissão trouxe falta de previsibilidade quanto à definição de cronogramas factíveis de implementação, acrescentou. "Torna-se, assim, urgente que se proponham mecanismos legais para a viabilização desse potencial de investimentos em energia renovável", diz o MME.

Segundo o ministério, a medida permite ao Estado brasileiro atrair investimentos e fomentar a nova indústria verde. Pelos cálculos da casa, poderiam ser viabilizados R$ 165 bilhões em investimentos e mais de 400 mil empregos.

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