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Setor agrícola francês cobra oposição de Macron a acordo Mercosul-UE antes de encontro com Lula

Entidades agrícolas francesas reforçaram sua oposição ao acordo comercial entre a União Europeia e o Mercosul, na véspera do encontro do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, com o presidente francês, Emmanuel Macron. Em carta, os grupos ped

Ana Ritti* (via Agência Estado)

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Escrito por Ana Ritti* (via Agência Estado)
Publicado em 04.06.2025, 11:43:00 Editado em 04.06.2025, 11:47:54
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Entidades agrícolas francesas reforçaram sua oposição ao acordo comercial entre a União Europeia e o Mercosul, na véspera do encontro do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, com o presidente francês, Emmanuel Macron. Em carta, os grupos pediram que Macron mantenha a pressão contra a validação do pacto e exerça o direito de recusa.

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"A França deve reafirmar sem ambiguidade sua oposição à ratificação. Enquanto o acordo UE-Mercosul mantiver seu status de acordo misto, a França ainda dispõe da capacidade jurídica de se opor a ele", disseram as associações de Avicultura de Corte (Anvol, na sigla em francês), de Beterraba e do Açúcar (Aibs), Associação Nacional do Gado e das Carnes (Interbev) e Associação Cerealista Francesa (Intercéréales).

No documento, os grupos afirmaram que a Comissão Europeia busca acelerar o acordo em meio às tensões entre UE e Estados Unidos. "Contudo, este acordo vai muito além da esfera comercial. Ele levanta questões importantes de soberania agrícola, justiça econômica para os produtores europeus e coerência política diante dos compromissos climáticos e sociais da União Europeia", disseram, citando que os produtos importados são produzidos com uso de substâncias proibidas, transgênicos e ausência de rastreabilidade, distante do padrão europeu.

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Para as associações, as cotas adicionais previstas representariam um valor agrícola de pelo menos 2,87 bilhões de euros apenas para os setores de carne bovina, frango e milho. Além disso, os grupos destacam que produtos de alto valor agregado estão sendo priorizados pelos exportadores sul-americanos, como cortes nobres de carne bovina, filés de frango, produtos cereais, além de derivados do amido e do milho.

Para o setor de açúcar e etanol, as concessões da UE representariam a produção de 50 mil hectares, ou 1/8 da área cultivada com beterraba na França, segundo a nota.

O presidente Lula se encontra com Macron na quinta-feira, 5, para discutir temas como o acordo entre Mercosul e União Europeia e a lei antidesmatamento do bloco europeu.

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O líder francês é um dos principais críticos ao acordo de livre comércio entre os blocos econômicos, ao mesmo tempo que a França foi um dos principais defensores da lei antidesmatamento europeia.

Já Lula tem como um dos objetivos de sua gestão a ratificação do acordo entre Mercosul-UE, enquanto o governo brasileiro classifica a lei antidesmatamento como unilateral e discriminatória.

*Conteúdo traduzido com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação do Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado

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