O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, repetiu nesta terça-feira, 18, que o governo só irá enviar ao Congresso uma proposta de reforma da tributação sobre a renda após a conclusão da votação da reforma dos impostos sobre o consumo. "Mais para o fim do ano", afirmou.
Segundo Haddad, a Fazenda ainda vai começar as discussões internas sobre a proposta de reforma da tributação sobre a renda, mas adiantou que a ideia é de que a desoneração da folha de salários entre de "forma combinada" nessa segunda fase. Para o ministro seria muito ruim misturar a discussão da folha de pagamentos com a reforma que está no Senado. "Você vai misturar assuntos muito diferentes e comprometer a reforma sobre o consumo", avaliou.
O ministro disse ainda que não pretende aproveitar o projeto de reforma da tributação da renda enviada pelo governo de Jair Bolsonaro ao Congresso. O projeto de taxação de dividendos com redução do Imposto de Renda de Pessoas Jurídicas (IRPJ) chegou a ser aprovado pela Câmara em 2021, mas não avançou no Senado. "Não devemos aproveitá-la, não. Nesse caso é lei ordinária, não é PEC. E não contamos com isso para bater meta (de primário)", completou.
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