O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, prometeu nesta quarta-feira, 3, contribuir para que a sua sucessão aconteça da forma "mais suave possível". Ele também defendeu que a sabatina no Senado com o indicado a ocupar o cargo a partir de janeiro aconteça, por razões práticas, ainda neste ano.
"Vou fazer a transição mais suave possível. Eu entendo que seja bom fazer a sabatina neste ano. Senão, passa para o outro ano e aí tem um problema porque o meu mandato termina no dia 31. Se um diretor for presidente interino, ele tem que passar por sabatina também, mas aí o Congresso vai estar fechado em recesso", declarou Campos Neto durante participação em fórum do Bradesco BBI.
Ele considerou que, como as decisões no Comitê de Política Monetária (Copom) têm sido unânimes - indicando, portanto, um alinhamento entre os diretores -, o prêmio de risco no mercado pela mudança no comando do BC diminuiu bastante.
Ao falar sobre os desafios do cargo, Campos Neto frisou que "o mais importante" para quem senta na cadeira do BC é ter a firmeza de dizer não quando for necessário. "Vai ser necessário, sempre é em algum momento, dizer não", disse o presidente do BC.
"Os ciclos são diferentes, os desejos vão ser diferentes, os entendimentos sobre o que é bom vão ser diferentes. Então, é importante ter a firmeza de dizer não, e explicar, para dentro e para fora, que o maior problema é a inflação. O melhor plano econômico é ter inflação baixa e estável", reforçou o presidente do BC.
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