A secretária do Tesouro americano, Janet Yellen, afirmou que os Estados Unidos não buscam um desacoplamento da China. A autoridade falou que uma separação completa entre a economia americana e a da China, ou mesmo uma abordagem que force as nações a escolherem lados, teria repercussões negativas significativas para o mundo. "Não temos nenhum interesse em um mundo tão dividido e em seus efeitos desastrosos", falou ela em discurso divulgado hoje sobre as relações dos EUA com a região do Indo-Pacífico.
Yellen disse que, dadas as conexões econômicas na região e a complexidade das cadeias de suprimento globais, tal separação não seria algo prático. Em vez disso, os EUA estariam desescalando riscos e diversificando suas cadeias de fornecimento, ao "investir internamente e fortalecer os vínculos com aliados em todo o mundo", disse Yellen.
A secretária afirmou ainda que a abordagem econômica dos EUA à China será centrada em três objetivos: garantir a segurança nacional e avançar nos direitos humanos; buscar relação econômica saudável e benéfica para as duas partes; colaborar nos desafios globais, de mudanças climáticas a estresse fiscal em países de baixa renda.
Ela falou que tais esforços incluem também responder adequadamente ao que chamou de "práticas econômicas injustas da China", citando como exemplos "as políticas não mercantis que prejudicam as empresas e os trabalhadores americanos, as barreiras que a China impõe ao acesso ao mercado, e a utilização do seu poder econômico para coagir parceiros comerciais vulneráveis".
Deixe seu comentário sobre: "Separação completa entre economia dos EUA e da China teria repercussões negativas, diz Yellen"