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Sem esforço global mais eficiente, progresso da humanidade vai regredir, diz Banco Mundial

O presidente do Banco Mundial, David Malpass, afirmou nesta quinta-feira, 30, que os custos com mudanças climáticas, conflitos e pandemia vão fazer o progresso da humanidade regredir, a não ser que os esforços globais se tornem mais eficientes. Malpass de

Maria Lígia Barros, especial para a AE (via Agência Estado)

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Escrito por Maria Lígia Barros, especial para a AE (via Agência Estado)
Publicado em 30.03.2023, 14:35:00 Editado em 30.03.2023, 14:38:21
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O presidente do Banco Mundial, David Malpass, afirmou nesta quinta-feira, 30, que os custos com mudanças climáticas, conflitos e pandemia vão fazer o progresso da humanidade regredir, a não ser que os esforços globais se tornem mais eficientes. Malpass defende que, por isso, os mecanismos internacionais de financiamento ao fornecimento de bens públicos globais devem ser fortalecidos.

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Malpass contextualizou que a covid-19 e a guerra da Rússia à Ucrânia aumentaram o protecionismo e preços de commodities e de alimentos no mundo, além da acumulação de estoque - tendências que, caso se mantenham, "vão atingir severamente o comércio internacional e seus benefícios".

"A desaceleração do comércio vai criar ventos contrários para a economia global, especialmente para os países mais pobres", alertou o dirigente, que discursou nesta quinta na University de Niamey, na Nigéria.

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O Banco Mundial estima que países em desenvolvimento precisarão de US$ 2,4 trilhões anualmente, pelos próximos 7 anos, só para lidar com os desafios relacionados a mitigação e adaptação climáticas, conflitos e pandemias, disse Malpass.

Perspectivas de crises domésticas

O presidente do Banco Mundial afirmou que países em desenvolvimento estão encarando a perspectiva de enfrentar grandes crises domésticas, com aumento da fome e da pobreza, desaceleração da economia e crescimento a nível insustentável da dívida pública em meio à alta das taxas de juros.

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Malpass disse que mais da metade dos países pobres tem ou está em risco de ter sobreendividamento.

A autoridade alertou que os governos devem se planejar para estresse financeiro contínuo. "Inflação e taxas de juros mais altos em economias avançadas levam à escassez de capital em países em desenvolvimento, causando depreciação da moeda e taxas de juros maiores, aumentando assim o peso da dívida", discursou.

Malpass contextualizou que países tiveram grandes déficits orçamentários e viram aumentos significativos na dívida pública em resposta à pandemia. Muitas nações em desenvolvimento, falou, contraíram dívidas de credores não tradicionais, com contratos sem transparência.

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Investimento é prioridade

Políticas sólidas de promoção ao investimento privado devem sempre permanecer como prioridade máxima, afirmou David Malpass. "Sem elas, não haveria nenhum crescimento econômico", defendeu.

Malpass disse também que a política monetária tem papel em apoiar os investimentos privados, principalmente ao promover inflação baixa e estável a médio prazo. "Isso deve estar ancorado em uma política fiscal que não dependa da monetização dos déficits governamentais", afirmou.

Ele falou ainda que a adoção de disciplina fiscal de longo prazo nas finanças dos governo é vital para atrair capital privado.

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