O segmento de derivados de petróleo e biocombustíveis teve em junho o segundo mês consecutivo de crescimento, de 4% ante maio, acumulando expansão de 6,2% no ano, disse o gerente da Pesquisa Industrial Mensal, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), André Macedo. "A atividade foi impulsionada tanto pelo álcool quanto pelos grupamento de derivados do petróleo."
A pesquisa também indicou, como contribuição positiva à categoria de não duráveis, o avanço do setor de produtos de fumo (19,8%). "O setor teve impactos negativos importantes em maio, prejudicado pelas chuvas no Rio Grande do Sul", disse Macedo.
No setor de produtos alimentícios houve destaque para suco de laranja e carnes de aves. Já para as indústrias extrativas, os dois produtos de maior importância dentro da atividade mostraram expansões: minério de ferro e petróleo. "A indústria extrativa tem segundo de crescimento, puxado por minério de ferro e petróleo", disse, acumulando expansão de 5,9%.
Entre os semiduráveis, Macedo destacou o avanço do setor têxtil e celulares.
O crescimento disseminado de junho também foi verificado em bens de consumo semi e não duráveis, que avançou 4,1% na margem. "É um segmento que tem comportamento predominantemente positivo", comentou Macedo.
Apesar do avanço disseminado entre categorias e subgrupos, nove atividades registraram redução na produção, com destaque para outros equipamentos de transporte (-5,5%), que interrompeu dois meses consecutivos de taxas positivas, período em que acumulou ganho de 4,8%. Pesaram motocicletas e embarcações e aviações, destacou o gerente da pesquisa.
Outras influências negativas relevantes foram registradas por artefatos de couro, artigos para viagem e calçados (-4,1%), impressão e reprodução de gravações (-9,1%) e confecção de artigos do vestuário e acessórios (-2,7%), de acordo com a pesquisa.
Com o resultado de junho, o setor industrial cresceu 2,6% no acumulado do primeiro semestre de 2024. No acumulado nos últimos 12 meses, o avanço foi de 1,5%, intensificando o ritmo de crescimento frente ao resultado de maio (1,3%).
Deixe seu comentário sobre: "Segmento de derivados de petróleo tem 2 meses seguidos de crescimento, destaca IBGE"