MAIS LIDAS
VER TODOS

Economia

'Se não viesse o corte de agosto, eu não sei o que nós iríamos fazer', diz Haddad sobre Selic

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta segunda-feira, 14, em entrevista ao jornalista Reinaldo Azevedo, que não sabe o que o governo faria se não houvesse o corte de 0,50 ponto porcentual na Selic em agosto. A entrevista foi gravada na sexta-

Fernanda Trisotto e Eduardo Rodrigues (via Agência Estado)

·
Escrito por Fernanda Trisotto e Eduardo Rodrigues (via Agência Estado)
Publicado em 14.08.2023, 13:20:00 Editado em 14.08.2023, 13:25:44
Imagen google News
Siga o TNOnline no Google News
Associe sua marca ao jornalismo sério e de credibilidade, anuncie no TNOnline.
Continua após publicidade

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta segunda-feira, 14, em entrevista ao jornalista Reinaldo Azevedo, que não sabe o que o governo faria se não houvesse o corte de 0,50 ponto porcentual na Selic em agosto. A entrevista foi gravada na sexta-feira, 11, e divulgada nesta segunda-feira. "Se não viesse o corte de agosto, eu não sei o que nós iríamos fazer", disse Haddad, mencionando reformas propostas pelo governo e uma preocupação com a situação fiscal do País. Segundo Haddad, a demora no corte de juros surpreendeu e causou angústia no governo, que avaliava já haver razões para essa redução e que não era possível se iludir com o bom resultado do PIB no primeiro trimestre, que havia sido puxado pelo agronegócio. "Veio a desaceleração e não veio o corte de juros. Esse período de abril, maio, julho foi o momento de maior tensão com o Banco Central", afirmou o ministro da Fazenda.

continua após publicidade
Eficiência das políticas públicas

Haddad disse também que a equipe do Ministério do Planejamento está fazendo um bom trabalho para analisar a eficiência das políticas públicas. Ele citou o trabalho desenvolvido por Sergio Firpo, secretário de monitoramento e avaliação de políticas públicas no Planejamento, que está fazendo um pente-fino nas grandes unidades de custo para saber o que está acontecendo em grandes programas, como o Bolsa Família, ou mesmo na Previdência. Ele afirmou que os cadastros foram desorganizados no governo anterior e agora é o momento de botar ordem. "Há muito espaço e não vou te falar que é corte de gasto, é combate à fraude, ao desperdício, coisas óbvias para ser resolvidas", disse. O ministro ainda criticou economistas clássicos, que só veem as planilhas de custos, sem enxergar a equação política.

'Parlamentarismo sem primeiro-ministro'

Haddad disse também que o País vive uma situação estranha em um tipo de parlamentarismo sem primeiro-ministro. "A gente saiu do presidencialismo de coalizão e hoje vive uma coisa estranhíssima, que é um parlamentarismo sem primeiro-ministro. Não tem primeiro-ministro, ninguém vai cair, quem vai pagar o pato político é o Executivo", comentou. Ele também pontuou que o volume de recursos do Orçamento em emendas parlamentares é muito elevado. "Eu não sei como resolver e não sei se tem solução. São R$ 40 bilhões em emendas, é 0,4% do PIB. Em que lugar do mundo você tem isso?", pontuou Haddad.

Gostou desta matéria? Compartilhe!

Icone FaceBook
Icone Whattsapp
Icone Linkedin
Icone Twitter

Mais matérias de Economia

    Deixe seu comentário sobre: "'Se não viesse o corte de agosto, eu não sei o que nós iríamos fazer', diz Haddad sobre Selic"

    O portal TNOnline.com.br não se responsabiliza pelos comentários, opiniões, depoimentos, mensagens ou qualquer outro tipo de conteúdo. Seu comentário passará por um filtro de moderação. O portal TNOnline.com.br não se obriga a publicar caso não esteja de acordo com a política de privacidade do site. Leia aqui o termo de uso e responsabilidade.
    Compartilhe! x

    Inscreva-se na nossa newsletter

    Notícia em primeira mão no início do dia, inscreva-se agora!