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Se guerra demorar mais 2, 4 anos, Brasil está pronto para gastar mais, diz Guedes

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta terça-feira, 14, que o Brasil está pronto para lidar com as consequência de um possível prolongamento por anos da guerra na Ucrânia. "Se a guerra demorar mais 2, 4 anos, estamos prontos, em equilíbrio. E

Thaís Barcellos e Célia Froufe (via Agência Estado)

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Escrito por Thaís Barcellos e Célia Froufe (via Agência Estado)
Publicado em 14.06.2022, 13:06:00 Editado em 14.06.2022, 13:10:05
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O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta terça-feira, 14, que o Brasil está pronto para lidar com as consequência de um possível prolongamento por anos da guerra na Ucrânia. "Se a guerra demorar mais 2, 4 anos, estamos prontos, em equilíbrio. Estamos prontos para gastar mais se precisar", disse, após defender a melhora da situação fiscal do Brasil após a pandemia de covid-19.

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Ele lembrou que o déficit primário do País saiu de 10,5% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2020 para zero no ano passado. "Da mesma forma, nosso Banco Central independente se antecipou, já está praticando juros reais. Os Estados Unidos vão demorar 6, 7, 8 meses para chegar lá."

Apesar das dificuldades do mundo, Guedes voltou a dizer que o Brasil vai crescer, após citar mais uma vez as previsões mais negativas do mercado ante o governo para o PIB nos últimos anos.

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União Europeia e Mercosul

O ministro da Economia afirmou também que subiu o tom com os europeus sobre o acordo comercial do bloco comum com o Mercosul em recente viagem ao continente. "Eu disse a eles que, se querem segurança alimentar, que fechem acordo com o Mercosul", relatou.

Depois da pandemia de coronavírus e com a invasão da Ucrânia pela Rússia, houve um aumento das preocupações em várias partes do globo em relação à segurança alimentar e energética. O Brasil tem se colocado no exterior como um player capaz de solucionar as duas questões.

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O acordo comercial entre as partes demorou 20 anos para ser costurado e foi aprovado no atual governo. Agora, é preciso que os parlamentos de todos os países dos blocos do Sul e do Norte ratifiquem o que ficou acertado para que entre em vigor. Há, no entanto, uma paralisia nesse processo pelos europeus.

Alguns países, em especial a França, alegam que estão descontentes com a coordenação do governo brasileiro - a maior economia do Mercosul - em relação às questões ambientais, em especial sobre as queimadas na Amazônia.

Já o Brasil acusa os países do norte de estarem adotando práticas protecionistas, principalmente a seus agricultores. A Suécia tentou recentemente liderar uma ação para que o acordo fosse aprovado, mas até o momento não houve avanços.

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Fricção entre Supremo e presidência

Em meio a embates entre o presidente Jair Bolsonaro e o Supremo Tribunal Federal (STF) em temas como fake news e segurança do sistema eleitoral, o ministro da Economia citou que há hoje uma fricção entre a corte e o Planalto, no contexto da discussão das despesas com os precatórios. "Tem duas instituições igualmente respeitáveis. Todo mundo quer respeito para o Supremo. Mas tem que respeitar a presidência da República, que tem 60 milhões de votos, e tem que ser respeitada com o mesmo calor que o Supremo. Nesse contexto, não conseguimos fazer o acordo com o Supremo (na questão dos precatórios) e tivemos que ir para o Senado e para a Câmara."

Guedes palestrou nesta terça-feira sobre a economia brasileira no Fórum de Investimentos Brasil 2022, promovido pela Apex Brasil.

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