A presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) de Dallas, Lorie Logan, disse nesta quarta-feira, 9, que ainda vê alguns riscos para uma estagnação do processo desinflacionário nos Estados Unidos, o que minaria os esforços da instituição em trazer a taxa à meta de 2% ao ano. Dados os riscos ainda existentes, ela defende que a flexibilização monetária deve acontecer de maneira gradual, "sem pressa".
Segundo ela, há um "progresso generalizado" do Fed no combate à inflação, mas novos choques na cadeia de suprimentos, a escalada de conflitos geopolíticos e a recente greve portuária nos EUA podem contribuir para uma nova alta no Índice de Preços de Gastos com Consumo Pessoal (PCE), o índice inflacionário favorito do Fed.
Em discurso na Conferência sobre o Futuro da Energia Global, organizada pela Greater Houston Partnership, ela reconheceu também que há riscos de que o mercado de trabalho esfrie além do necessário, e que a maior parte dos dirigentes está debruçada sobre isso.
"A política menos restritiva evitará o arrefecimento excessivo do mercado de trabalho", afirmou o dirigente, mas disse que é preciso monitorar os próximos dados do setor, porque até o momento foi vista uma desaceleração, mas o emprego segue forte no país.
Deixe seu comentário sobre: "Riscos de alta na inflação significam que Fed não deve apressar flexibilização, diz dirigente"