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Rial fecha ciclo no Santander com lucro recorde

Perto de fechar um ciclo de seis anos à frente do Santander Brasil, o executivo Sergio Rial vê como desafios de seu sucessor o reforço da atuação do banco como "incubadora" de novos negócios e o cumprimento de uma promessa antiga da instituição: ampliar o

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 29.07.2021, 08:01:00 Editado em 29.07.2021, 08:08:30
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Perto de fechar um ciclo de seis anos à frente do Santander Brasil, o executivo Sergio Rial vê como desafios de seu sucessor o reforço da atuação do banco como "incubadora" de novos negócios e o cumprimento de uma promessa antiga da instituição: ampliar os serviços para pequenas e médias empresas. A saída de Rial, que completou 61 anos ontem, será efetivada no fim deste ano e foi anunciada na terça-feira. O anúncio da saída do executivo coincidiu com um lucro recorde da instituição no País.

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No segundo trimestre de 2021, o banco teve um lucro de R$ 4,17 bilhões, uma expansão de 95,3% sobre o resultado de um ano atrás. O retorno sobre o patrimônio líquido (ROE, na sigla em inglês) ficou em 21,6%, praticamente estável em relação ao ano anterior.

O banco espanhol - que arrecada a maior parte de seus ganhos no País - também teve um crescimento relevante, de mais de dois dígitos, na carteira de crédito, com retração das despesas para eventuais calotes. A ação do banco subiu mais de 1% ontem, na B3, a Bolsa brasileira, fechando a R$ 41,63.

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Em relação à sua saída da presidência do banco, rumo ao conselho de administração da instituição, Rial afirmou que uma troca de comando deve ser bem planejada. "Nunca deve se fazer uma sucessão quando precisa. Exatamente por não precisar é o momento correto de se planejar a sucessão", disse ele, a jornalistas.

Para o lugar de Rial, depois de um processo de escolha que durou em torno de dois anos, e que avaliou nomes internos e do mercado. O escolhido foi Mario Leão, vice-presidente executivo do banco responsável pela área corporativa, que atende a grandes empresas. No Santander Brasil desde 2015, vindo do Morgan Stanley, mas com passagens ainda pelo Goldman Sachs e Citi, o futuro presidente não é tão conhecido por analistas de mercado.

O executivo preenche, contudo, lacunas admitidas por Rial. "O Santander precisa acelerar no atacado e junto a pequenas e médias empresas. É a próxima fronteira deles no Brasil", disse um especialista de um banco estrangeiro, na condição de anonimato.

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Oportunidades

Apesar de sair de cena no melhor momento do banco no País, o executivo vê o Santander Brasil "em boas mãos" e com oportunidades de crescimento. Como exemplo, citou a criação de novos negócios que podem ser até maiores que a própria instituição, como a Getnet, de maquininhas. Terceira força do setor, com 15,5% do mercado brasileiro de meios de pagamento, agora empreende uma estratégia de crescimento no exterior, objetivo que deve incluir o desembarque em nada menos do que 30 países do continente.

Leão, porém, não participou da coletiva de resultados. Até porque tudo permanece igual no Santander Brasil até o fim do ano. Isso significa dizer que Rial segue com os holofotes voltados para si. Ao comentar sobre o sucessor, que assume o bastão em janeiro de 2022, afirmou que a gestão seguinte será de continuidade e sem "zigue-zague" em termos de estratégia.

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O suíço Credit Suisse não vê atropelos na troca de comando do Santander Brasil, mas diz que Rial fará falta. "Esperamos uma transição suave, considerando o tempo de espera antes da mudança e o fato de que Rial ocupará o cargo de presidente do Conselho de Administração do Santander Brasil", disseram os analistas do Credit, Marcelo Telles, Alonso Garcia e Norman Amador.

Novos rumos

O fato de Rial assumir a principal cadeira do conselho no País deu gás a comentários de que ele pode alçar uma carreira global no Santander - onde chegou ao banco pelas mãos da presidente Ana Botín. "Ainda acreditamos que a remodelação abre caminho para que Rial assuma novas responsabilidades no Grupo Santander na Espanha", sugerem Jörg Friedemann e Gabriel D. Nóbrega, do Citi.

Ontem, no entanto, o executivo negou a possibilidade: "É razoável que pessoas especulem por conta da minha vitalidade e o que eu fiz na equipe e pelo fato de que vou permanecer no grupo, mas não há nada disso."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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