Os diretores do Banco Central (BC) avaliaram na ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) que os cenários que poderiam requerer a retomada do ciclo de aperto monetário se tornaram menos prováveis.
Além disso, os membros do colegiado destacaram que a probabilidade de cenários mais extremos de trajetória da dívida pública se reduziu. Entretanto, apontaram que não houve mudança relevante nas projeções de inflação uma vez que as expectativas não se alteraram de forma significante.
"Tal comportamento reforça o entendimento de que não há relação mecânica entre a política monetária e o arcabouço fiscal. O Copom enfatizou que a execução da política monetária, neste momento, requer serenidade e paciência para incorporar as defasagens inerentes ao controle da inflação através da taxa de juros e, assim, atingir os objetivos no horizonte relevante de política monetária", informou o BC, na ata do Copom.
Segundo o BC, não houve grande alteração no cenário prospectivo do hiato do produto. Com relação à inflação de serviços e aos núcleos de inflação, os diretores ressaltaram a maior resiliência e menor velocidade da desinflação nas últimas divulgações.
Crédito
Os diretores do BC avaliaram na ata da última reunião do Copom que a concessão de crédito no Brasil é compatível com o atual estágio do ciclo de juros, ainda que a oferta de crédito de modalidades específicas esteja diminuindo.
"O Comitê antecipa uma moderação na concessão do crédito ao longo dos próximos meses, mas em linha com o que se observou em ciclos anteriores de aperto de política monetária. O Comitê reforça que o Banco Central possui os instrumentos de liquidez apropriados e necessários, ligados à política macroprudencial, para tratar das fricções relevantes localizadas no sistema, caso ocorram", informou o BC, na ata do Copom.
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