O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, disse nesta sexta-feira (7) que a reforma tributária, aprovada ontem pela Câmara, vai fazer justiça ao setor industrial e contribuir para o crescimento econômico. Ao participar, por videoconferência, da coletiva de imprensa da Anfavea, a associação que representa as montadoras, Alckmin destacou o fim da cumulatividade, previsto com a adoção do imposto sobre valor agregado, o IVA. O acumulo de impostos não recuperados prejudica, sobretudo, cadeias mais longas, de modo que a eliminação desse custo é uma dos efeitos mais desejados pela indústria.
Alckmin observou ainda que a reforma vai desonerar completamente o investimento. "Fará justiça ao setor industrial, que é super tributado", declarou o vice-presidente da República, acrescentando que a reforma vai também simplificar o sistema, reduzir o custo Brasil, diminuir a judicialização e, assim, gerar eficiência econômica. "Pode fazer crescer o PIB", enfatizou.
Ao comentar o assunto durante a coletiva, o presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite, afirmou que a reforma é fundamental para o País atrair investimentos. "Acreditamos, sim, em aumento de investimentos, em previsibilidade, em amadurecimento do País. Estamos, de forma geral, celebrando a aprovação", disse. Conforme o executivo, o efeito da reforma nos preços dos automóveis vai depender da alíquota de equilíbrio do IVA. Em geral, lembrou, não se espera redução de carga tributária, já que alguns segmentos ganham e outros perdem com a mudança no sistema.
Porém, no médio prazo, Leite disse que é aguardada uma diminuição dos gastos com a administração da burocracia tributária, que consomem 1,2% do faturamento do setor, algo em torno de R$ 4 bilhões.
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