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Reestruturação de governo pode adiar reunião do CMN

O governo corre contra o tempo para ter todo o aparato técnico necessário para realizar, nesta quinta-feira, 26, reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN) com sua formação original: os ministros da Fazenda (pasta hoje ocupada por Fernando Haddad) e do

Célia Froufe, Thaís Barcellos e Antonio Temóteo (via Agência Estado)

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Escrito por Célia Froufe, Thaís Barcellos e Antonio Temóteo (via Agência Estado)
Publicado em 24.01.2023, 08:05:00 Editado em 24.01.2023, 08:10:32
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O governo corre contra o tempo para ter todo o aparato técnico necessário para realizar, nesta quinta-feira, 26, reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN) com sua formação original: os ministros da Fazenda (pasta hoje ocupada por Fernando Haddad) e do Planejamento (Simone Tebet) e o presidente do Banco Central (Roberto Campos Neto). Para garantir a formalização do encontro, técnicos da equipe econômica têm argumentado ser melhor o adiamento da reunião do que a sua realização sem os parâmetros mínimos exigidos.

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A estrutura de trinca de ministros sempre existiu, mas foi alterada no governo de Jair Bolsonaro, que optou por dar um "superministério" a Paulo Guedes. Com isso, o então ministro passou a comandar também as áreas relacionadas ao Planejamento, que foi incorporado ao antigo Ministério da Economia, como outros. Além disso, a data oficial dos encontros, que sempre foi na última quinta-feira de cada mês, passou a ser na terceira.

O mercado financeiro monitora de perto o encontro, e cogita até que possa haver alguma sinalização sobre mudanças de meta de inflação, depois de uma entrevista do presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticando a falta de cumprimento dos objetivos recentes pelo BC. Tradicionalmente, a reunião do CMN que discute a meta de inflação ocorre em junho. A ideia que o chefe do Executivo passou é a de que as metas têm sido muito audaciosas, e agentes financeiros temem algum tipo de intervenção na política monetária pelo governo.

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Câmara técnica

Antes da realização de qualquer encontro do CMN pelos seus três titulares, uma câmara técnica formada por integrantes da equipe econômica de escalões mais baixos se reúne e discute no detalhe as implicações das medidas que serão debatidas entre os ministros e o presidente do BC. São nesses momentos que secretários e diretores do Banco Central subsidiam seus chefes a respeito de impactos e ressalvas sobre as ações que o governo pretende implantar. Na maioria das vezes, técnicos debatem os assuntos e os titulares do CMN apenas oficializam as mudanças virtualmente. No passado, os encontros do nível ministerial eram presenciais.

Como há ainda cargos em aberto entre os membros dessa câmara técnica, e estruturalmente ainda nem tudo voltou ao formato original, há insegurança sobre a legalidade do encontro. Três técnicos consulados pelo sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, o Estadão/Broadcast, garantem que se trata apenas de uma questão operacional.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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