O líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), disse nesta quinta-feira, 11, que a discussão sobre taxar o setor financeiro para compensar a desoneração da folha de pagamentos envolve aumentar a Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL) sobre instituições financeiras.
Segundo Randolfe, "não há rejeição dos líderes" sobre a tributação dos bancos via aumento da CSLL. A maior resistência teria sido com o aumento da contribuição em toda a cadeia produtiva.
"Em relação à CSLL dos bancos, não vi rejeição (dos líderes do Senado)", afirmou. "Essa é uma possibilidade (aumento da tributação sobre o setor financeiro), o aumento de 1 ponto porcentual da CSLL é um dos temas em debate para o relatório do senador Jaques Wagner. A tributação do setor financeiro, mais especificamente dos bancos, é um dos temas que está na mesa para resolver a desoneração", afirmou.
O líder do governo no Congresso disse que "não está batido o martelo" e que "o aumento de tributação ou não é a última opção" para compensar a desoneração da folha de pagamentos.
Randolfe afirmou que o relatório do senador Jaques Wagner (PT-BA), relator do projeto da desoneração, terá todas as medidas propostas pelo Senado, além de previsão de um corte de despesas. O líder do governo no Congresso disse que os cálculos do Ministério da Fazenda e da Receita Federal indicam que o montante a ser arrecadado com os projetos sugeridos pelos senadores é insuficiente para equalizar a renúncia fiscal com a desoneração.
Questionado sobre o prazo exíguo para discussão e votação da desoneração, Randolfe disse achar necessário discutir uma prorrogação do período para que Congresso e governo cheguem a um acordo sobre o tema.
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