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Queda externa e instabilidade do petróleo dificultam alta do Ibovespa

O Ibovespa opera com instabilidade na manhã desta quarta-feira, em meio ao recuo das bolsas internacionais e à instabilidade do petróleo. Ainda assim, o índice Bovespa tenta defender alta, mas longe da máxima intradia dos 117.148,03 pontos, quando subiu 0

Maria Regina Silva (via Agência Estado)

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Escrito por Maria Regina Silva (via Agência Estado)
Publicado em 05.10.2022, 11:51:00 Editado em 05.10.2022, 11:56:03
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O Ibovespa opera com instabilidade na manhã desta quarta-feira, em meio ao recuo das bolsas internacionais e à instabilidade do petróleo. Ainda assim, o índice Bovespa tenta defender alta, mas longe da máxima intradia dos 117.148,03 pontos, quando subiu 0,79%, diante da elevação do dólar para a faixa de R$ 5,24.

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"Aqui são as commodities petróleo tenta alta e minério subiu na China e as exportadoras que seguram o Ibovespa de seguir o exterior. Tanto Fed como a Europa vão continuar atuando para reduzir a inflação", afirma Luiz Roberto Monteiro, operador da mesa institucional da Renascença.

Apesar de a Opep+ ter cortado sua produção, conforme a Bloomberg, em 2 milhões de barris por dia (bpd), na tentativa de estimular valorização dos preços do petróleo, o que tende a impulsionar valorização dos preços, a decisão entra como fator de mais para inflação mundial. Neste sentido, alguns papéis reduziam os ganhos, caso de Petrobras, para cerca de 1%. "Ações de exportadoras sobem em função do câmbio", diz. Já Vale subia perto de 2%.

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A valorização do índice Bovespa é "100%" por causa das commodities, diz Alison Correia, CEO da Top Gain. "As commodities seguram o Ibovespa de realizar lucros. Contudo, o contexto de realização, lá fora, após dois pregões de alta, é o que limita", diz Correia. O Ibovespa subiu ontem (0,08%), na segunda (5,54%) e na sexta (2,20%).

As bolsas europeias e americanas passam por correção depois das recentes valorizações. O ajuste nos índices acionários vem na esteira de dados fracos europeus, indicando que provavelmente a zona do euro não escapará de uma recessão. Já nos Estados Unidos, indicadores informados hoje, que vieram mais fortes, sugerm um Federal Reserve (Fed, o banco central do país) mais agressivo nas próximas decisões de política monetária.

A pesquisa ADP, por exemplo, mostrou hoje a criação de 208 mil postos de trabalho no setor privado norte-americano, superando a expectativa de 200 mil vagas. "É uma diferença marginal, mas ficou acima do esperado, mostrando que a locomotiva americana está forte", avalia o CEO da Top Gain.

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Dado o ambiente instável nos mercados ultimamente, o economista-chefe do BV, Roberto Padovani, avalia não se surpreender com a queda nas bolsas do ocidente hoje. "É natural depois dos dois últimos ganhos, que tenha um dia de realização de lucros. Contribui para esse mau humor dados fracos da Europa", avalia em nota.

No Brasil, o mercado monitora a campanha dos presidenciáveis para o segundo turno, de olho principalmente em planos para o fiscal do País.

As ações da Vale ainda reagem à informação de que a empresa contratou assessores para a venda de uma fatia minoritária em seus negócios de metais.

Às 11h34, o Ibovespa subia 0,21%, aos 116.478,50 pontos, após cair 0,28%, aos 115.906,33 pontos.

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