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Queda de commodities chama Ibovespa à realização, mas NY positiva é limitador

Após valorização de 1,91% na semana passada, o Ibovespa cede na manhã desta segunda-feira, 8, refletindo o sinal negativo das commodities. O petróleo cai em torno de 0,80% no exterior, enquanto o minério de ferro fechou em baixa de 3,34%, em Dalian, na Ch

Maria Regina Silva (via Agência Estado)

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Escrito por Maria Regina Silva (via Agência Estado)
Publicado em 08.07.2024, 11:19:00 Editado em 08.07.2024, 11:23:46
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Após valorização de 1,91% na semana passada, o Ibovespa cede na manhã desta segunda-feira, 8, refletindo o sinal negativo das commodities. O petróleo cai em torno de 0,80% no exterior, enquanto o minério de ferro fechou em baixa de 3,34%, em Dalian, na China.

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A queda do principal indicador da B3, contudo, é amenizada na elevação dos índices acionários internacionais, mas o ritmo de alta lá fora é discreto, em semana de agenda forte no exterior, e após a eleição na França no fim de semana.

De acordo com Matheus Spiess, analista da Empiricus Research, a desvalorização do Índice Bovespa é natural, após cinco pregões de fechamento em alta. Segundo ele, será importante acompanhar o noticiário político, para ver se o governo detalhará o corte anunciado na semana passada com o objetivo de reduzir as despesas e se a pauta econômica avançará, sobretudo em relação à regulamentação da reforma tributária.

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O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), convocou sessão no plenário da Câmara nesta segunda. Espera-se que ocorram discussões finais da regulamentação da reforma tributária. A expectativa é que a votação do primeiro projeto e talvez do segundo ocorra na semana que vem.

Na sexta-feira, 5, o Ibovespa subiu 0,08%, aos 126.267,05 pontos. A semana foi marcada pela mudança de discurso de Lula em relação à política fiscal e ainda ao aval do chefe do Executivo ao corte de R$ 25,9 bilhões em despesas obrigatórias em 2025 e ao cumprimento do arcabouço fiscal. Além disso, Lula suspendeu as críticas ao presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto.

"Vamos ver se apresentará detalhes do projeto de corte de gastos que animaram os mercados na semana passada e se manterá um discurso pacífico em relação ao BC", diz Spiess.

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Nos próximos dias no exterior, destaque à divulgação do índice de preços ao consumidor americano, o CPI, além de um pronunciamento do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central), Jerome Powell.

"Será uma semana importante, será fundamental acompanhar os dados, o CPI para ver se o cenário otimista que vinha se construindo em relação à economia, de normalização ante o início de queda dos juros será mantido", avalia o analista da Empiricus, completando ainda que será inicia a temporada de balanços de empresas americanas. Na sexta, os bancos americanos Wells Fargo, JPMorgan e Citigroup publicam resultados corporativos. "Será importante ainda acompanhar os dados de inflação do Brasil", completa Spiess.

Na quarta-feira serão informados o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e o Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M), ambos de junho, após uma nova rodada para cima nas projeções desses indicadores no boletim Focus.

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A mediana do relatório Focus para o IPCA de 2024 avançou de 4% para 4,02%, mais de 1 ponto porcentual acima do centro da meta, de 3%. Um mês atrás, era de 3,90%. A mediana para 2025, horizonte relevante da política monetária, subiu de 3,87% para 3,88%, contra 3,78% um mês antes.

Apesar da indicação do Índice Bovespa com viés de baixa, Alvaro Bandeira, coordenador de Economia da Apimec Brasil, diz que há uma lacuna para que o indicador recupere a marca dos 127 mil pontos, vista em meados da segunda quinzena de maio. Segundo ele ainda, há espaço para que estenda ao nível dos 129.500 pontos.

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Em meio a incertezas fiscais, a Monte Bravo reduziu sua projeção para o Ibovespa do final de 2024, de 150 mil pontos para 145 mil pontos. "A elevação da percepção de risco piora a relação de risco retorno do ativos brasileiros", afirma o relatório assinado pelo estrategista-chefe e head de research da Monte Bravo Corretora, Alexandre Mathias.

Na visão de Mathias, a acomodação da atividade e a desaceleração da inflação dos Estados Unidos sancionam a expectativa de cortes de juros pelo Fed a partir de setembro, o que seria positivo aos ativos brasileiros. Porém, incertezas internas podem atrapalhar essa expectativa.

No campo corporativo, destaque ao Itaú Unibanco. O banco comunicou que o diretor de Finanças Alexsandro Broedel deixará a organização para assumir desafios fora do País. Será substituído por Gabriel Amado de Moura, atual gerente geral (CEO) do Banco Itaú Chile. A Eletrobras, por sua vez, disse que fará um novo programa de recompra de ações.

Às 11h09 desta segunda, as ações da Vale cediam 0,86%. Além do recuo do minério, o investidor ainda avalia do dissenso da reunião entre a mineradora, a BHP e a Samarco com o poder público para encerrar as discussões judiciais sobre Mariana (MG).

Os papéis da Petrobras cediam entre 0,24% (PN) e -0,01% (ON). Itaú Unibanco PN caia 0,46%. Já Eletrobras subia entre 0,64% (PNB) e 1,56% (ON).

No horário citado acima, o Ibovespa caía 0,09%, aos 126.157,98 pontos, ante mínima aos 125.613,54 pontos (-0,52%) e máxima aos 126.395,18 pontos, em alta de 0,10%, depois de abrir aos 126.280,29 pontos (elevação de 0,01%).

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